‘Não é verdade que o IOF seja um imposto para ricos’, diz ex-presidente do Banco Central

Roberto Campos Neto afirmou que aumento no IOF pode afetar toda a cadeia produtiva no país

Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, participa de reunião do Copom que, na quarta-feira, deve repetir corte de 0,5 ponto percentual na taxa básica de juros

O ex-presidente do Banco Central Roberto Campos Neto considera que o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), proposto pelo governo Lula, pode encarecer toda a cadeia produtiva no Brasil.

Em entrevista ao jornal ‘Folha de S.Paulo’, publicada neste domingo (6), Campos Neto afirmou que não é verdade que o IOF seja um imposto para ricos.

“Não é verdade que [o IOF] seja um imposto para ricos. Essa ideia não resiste a uma conta simples do aumento no custo para uma operação de crédito pequena. Impacta toda a cadeia e encarece e distorce o processo produtivo”, afirmou o ex-presidente do BC.

Campos Neto transmitiu a chefia do BC a Gabriel Galípolo em 1º de janeiro deste ano. Após cumprir período de quarentena obrigatório, ele assumiu, no último dia 1º, o cargo de vice-presidente do Conselho de Administração e Chefe Global de Políticas Públicas do Nubank.

O ex-presidente do BC afirmou que está preocupado com as análises polarizadas sobre as decisões da instituição e elogiou seu sucessor, Galípolo: “Tem atuado de forma técnica, comunicando com transparência, um trabalho irreparável”.

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