O senador Sergio Moro (União-PR) criticou nesta quinta-feira (18) a decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) de condenar o juiz federal Marcelo Bretas, que foi responsável pela operação Lava Jato no Rio de Janeiro,
Em discurso na tribuna do Senado, Moro afirmou que as acusações contra o magistrado são “questões vagas” e classificou a punição como equivocada.
“Claro que nós respeitamos as decisões das instituições, mas eu tive a oportunidade de olhar esse processo e, sinceramente, o quadro probatório não é convincente. O CNJ errou, e a decisão, a meu ver, não é correta à luz das provas. No mínimo, houve uma violação da presunção de inocência. Talvez ele tenha cometido um ou outro equívoco na condução do seu trabalho, mas nada que justificasse uma sanção tão severa”, declarou o parlamentar.
Para o CNJ, Bretas assumiu um papel de acusador e usou a Lava Jato para se promover e buscar protagonismo.
“Evidenciam-se os autos que o rumo adotado pelo magistrado foi na prática a de se distanciar dos seus deveres e se favorecer de uma postura justiceira para autopromoção e avanço da operação [Lava Jato] que o garantia o desejado relevo”, apontou o relator do caso, o conselheiro José Rotondano.