O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) manteve, neste sábado (19), a prisão preventiva do hacker Walter Delgatti Neto,
Moraes aponta que as condutas pelas quais Delgatti foi condenado “são gravíssimas” e que ferem com os bens jurídicos tutelados. Para o ministro, não há fato novo que possa alterar os requisitos da decisão anterior que decretou e manteve a prisão preventiva.
No mesmo processo, a deputada federal Carla Zambelli foi sentenciada a 10 anos de prisão e teve a perda do mandato parlamentar decretada.
A prisão preventiva de Delgatti foi decretada em 1º de agosto de 2023 e o STF já negou liberdade por sete vezes anteriores, em 5 de novembro e 17 de dezembro de 2023; em 5 de abril, 27 de junho e 27 de setembro de 2024; e em 13 de janeiro e 22 de abril de 2025.
Essa, portanto, é a oitava negativa da Suprema Corte contra o hacker. A defesa do hacker informou que o pedido de liberdade é antigo, antes da condenação definitiva do hacker.
Delgatti está preso no Presídio de Tremembé (SP) há dois anos. Como a pena é de 8 anos e 3 meses, os advogados argumentam que ele já cumpriu 20% do tempo, o que abriria caminho para a progressão.
Condenação
O hacker foi condenado por inserir documentos falsos no sistema do CNJ. Entre os quais, um mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes.
Interrogado pela Polícia Federal na época da investigação, afirmou que acessou a plataforma do CNJ a pedido de Zambelli e a parlamentar teria sido a responsável por repassar a ele mandado de prisão falso contra Moraes. O documento foi incluído no Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP).