Após a Operação Rejeito e da atuação da Polícia Federal na Cidade Administrativa, o governo do estado concluiu, nesta quarta-feira (17), o afastamento de 6 servidores que foram listados na investigação de uma organização suspeita de fraudar licenciamentos ambientais para atuação irregular de mineradoras no estado.
Todos são funcionários da Fundação Estadual de Meio Ambiente (Feam). O governo afirma que além das medidas administrativas, licenciamentos vão ser revisados, e haverá apoio à investigação.
O secretário de Comunicação Social do governo de Minas, Bernardo Santos, pontua que empresas que foram alvo da operação da PF já eram investigadas internamente.
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“Algumas dessas empresas já vinham sendo casos de fechamento pela Secretaria de Meio Ambiente, já vinham sendo alvo de operações de fiscalização muito rigorosas. A gente chegou a fechar algumas. Mas a gente, por força de lei, acabou sendo tendo que permiti-las de reabrir e voltarem a funcionar”, destacou.
“Estamos acompanhando os fatos e, obviamente, tomando todas as medidas que são necessárias”, garantiu.
O ex-presidente da (Feam), Rodrigo Gonçalves Franco foi exonerado do cargo no governo poucos dias antes da ação da PF. O secretário afirmou que já havia burburinhos e até fofoca sobre a postura do servidor.
“Já havia muito burburinho, já havia muita, vamos dizer, fofoca, sobre a postura dele à frente da Feam. E aí a gente decidiu, para evitar qualquer tipo de risco, exonerá-lo. Por uma ocasião do destino, exoneramos e quase que imediatamente ele é preso pela Polícia Federal. Posso te afirmar que o governo não compactua com isso”, afirma o secretário.
Bernardo Santos disse ainda que há uma paralisação de processo de licenciamentos ambientais relacionados aos envolvidos, e que haverá uma revisão das licenças já concedidas.
“Esse trabalho já começou, a paralisação dos processos de licenciamento já aconteceu na Secretaria de Meio Ambiente e os outros que foram licenciados obviamente vão ser revisados. Isso é absolutamente normal, a gente não tem compromisso com erro”, conclui.