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Moraes julga pedido e diz que presos do 8/1 já têm assistência religiosa

O líder do PL, Sóstenes Cavalcante, havia solicitado autorização do ministro para que envolvidos nos ataques aos Três Poderes pudessem ser visitados por autoridades religiosas

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), julgou prejudicado nesta segunda-feira (7) o pedido do líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), para que os presos por envolvimento nos atos de 8 de janeiro de 2023 tivessem assistência religiosa.

Segundo Moraes, todos os presos, sejam eles provisórios ou definitivos, já têm o direito de se encontrar com representantes de sua crença religiosa, bastando apenas que eles peçam por isso. Assim, o ministro considerou que a solicitação do deputado do PL já foi atendida, ou seja, está “prejudicada”, no jargão jurídico.

Na última terça-feira (1º), ao enviar a solicitação ao magistrado, Sóstenes mencionou a situação de Débora Rodrigues dos Santos, que ficou conhecida por ter pichado a estátua da Justiça durante os ataques às sedes dos Três Poderes.

Ré pelo caso, ela teve a prisão preventiva substituída por reclusão domiciliar até que seu julgamento seja encerrado.

Segundo o líder do PL, a visita de uma autoridade religiosa se baseia no princípio da dignidade da pessoa humana, previsto na Constituição Federal, e na liberdade religiosa, garantida pelo Pacto de San José da Costa Rica, do qual o Brasil é signatário.

“Acredita-se que Vossa Excelência, com a consciência humanitária e jurídica que lhe é peculiar, concederá tal pedido”, argumentou o líder do PL.

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Repórter de política em Brasília. Formado em jornalismo pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), chegou na capital federal em 2021. Antes, foi editor-assistente no Poder360 e jornalista freelancer com passagem pela Agência Pública, portal UOL e o site Congresso em Foco.
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