A ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro, fez duras críticas a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) durante manifestação convocada pelo
Durante sua fala, Michelle mencionou especificamente o caso de Débora Rodrigues dos Santos, cabeleireira que utilizou batom para escrever “Perdeu, mané” na estátua “A Justiça”, em frente à sede da Corte. Débora teve sua prisão revisada recentemente e está, desde março, em regime domiciliar, após dois anos detida.
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A ex-primeira-dama criticou a pena sugerida para Débora — 14 anos de prisão e multa de R$ 30 milhões. “A nossa Débora pegou 14 anos de prisão com multa de 30 milhões. A cada ano, ela tem que depositar um milhão de reais”, disse Michelle.
Ela também apelou diretamente ao ministro Luiz Fux, do STF, que pediu vista no julgamento de Débora após os votos dos ministros Alexandre de Moraes e Flávio Dino pela condenação. “Luiz Fux, eu sei que o senhor é um juiz de carreira e o senhor não vai jogar o seu nome na lama. Não deixa a Adalgiza morrer, Luiz Fux”, afirmou, em referência a uma idosa também ré pelos atos de 8 de janeiro.
Em outro momento do discurso, Michelle mencionou o caso de Cleriston Pereira da Cunha, conhecido como “Clezão”, que morreu sob custódia enquanto aguardava julgamento. “Hoje nós temos uma mãe e duas filhas chorando a morte do seu pai e do seu esposo”, declarou.
‘Força, Duda’
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) pediu um grito de “força” para Eduardo Bolsonaro (PL-SP), deputado federal licenciado que decidiu se mudar temporariamente para os Estados Unidos.
“Aqui estão os três meninos do meu marido, faltando um, faltando o Eduardo, nosso Duda, que está longe, que está renunciando sua vida, a vida dos seus filhos pequenininhos que estavam na escola. Duda está nos Estados Unidos mandando a mensagem para o mundo da injustiça que estamos passando no Brasil”, disse.
Ao final do discurso, ela pediu um grito de “força Eduardo” e “não houve golpe”.
A manifestação reúne milhares de apoiadores de Jair Bolsonaro, com faixas, cartazes e palavras de ordem em defesa dos presos pelos atos de 8 de janeiro e contra decisões do Supremo Tribunal Federal.