Ouvindo...

Zanin vota para manter decisão que tornou deputados do PL réus por corrupção

Os deputados federais Josimar Maranhãozinho (MA) e Pastor Gil (MA), além do suplente Bosco Costa (SE), são acusados de vendas de emendas parlamentares

O ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou nesta sexta-feira (4) para manter a decisão da da Corte que tornou réus os deputados federais do PL Josimar Maranhãozinho (MA) e Pastor Gil (MA), além do suplente Bosco Costa (SE).

Eles são acusados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de corrupção passiva e organização criminosa por supostamente negociarem a destinação de emendas parlamentares em troca de vantagens indevidas.

Agora, a Primeira Turma do Supremo analisa um recurso dos três no plenário virtual, modalidade em que os ministros apenas depositam os votos em um sistema e não debatem. O julgamento vai até a próxima sexta-feira (11).

Relator do caso, Zanin afirma que as defesas argumentam que houve omissões no julgamento da denúncia apenas para tentar rediscutir o caso, algo que não é permitido pela Corte. Até o momento, o entendimento foi seguido pelo ministro Alexandre de Moraes.

Leia também

Entenda o caso

Uma investigação conduzida pela Polícia Federal revelou que os parlamentares teriam movimentado pelo menos R$ 7 milhões em emendas, utilizando um esquema que envolvia pagamentos irregulares e ameaças a prefeitos e gestores municipais.

O inquérito também indicou que, em algumas situações, os deputados teriam recorrido à intimidação, inclusive com o uso de armas de fogo, para garantir que os recursos fossem repassados conforme seus interesses.

Além disso, os investigadores identificaram a existência de intermediários e operadores financeiros encarregados de viabilizar os pagamentos e mascarar a origem ilícita dos valores. A denúncia sugere que o esquema vinha sendo operado há anos, com ramificações em diferentes estados.

Os parlamentares negam as acusações e alegam que suas emendas seguiram os trâmites legais.

Leia também

Repórter de política em Brasília. Formado em jornalismo pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), chegou na capital federal em 2021. Antes, foi editor-assistente no Poder360 e jornalista freelancer com passagem pela Agência Pública, portal UOL e o site Congresso em Foco.
Leia mais