O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes solicitou que o procurador-geral da República, Paulo Gonet, se manifeste sobre um pedido de prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O pedido foi feito em uma notícia-crime apresentada pela vereadora Liana Cristina (PT), do Recife.
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A ação acusa Bolsonaro de obstrução de Justiça, incitação contra instituições democráticas e coação no curso do processo, ao convocar manifestações em defesa da anistia dos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro. Os denunciantes também pedem medidas cautelares para
Segundo o colunista Paulo Cappelli, do Metrópoles, Moraes assinou o despacho em 18 de março e concedeu cinco dias para que a PGR se manifeste. Até o momento, Gonet ainda não apresentou parecer.
Nesta quarta-feira (02), Jair Bolsonaro criticou a decisão e, em entrevista a uma rádio aliada, afirmou que uma eventual decisão favorável do ministro cercearia a liberdade de manifestação.
Posição de cautela e revolta bolsonarista
Uma eventual prisão preventiva do presidente Jair Bolsonaro é algo que não está no radar dos ministros do STF e nem da PGR. Nos bastidores, a ordem é seguir com rito processual que tornou Bolsonaro réu, na semana passada, por tentativa de golpe de estado.
Recentemente, Gonet recomendou o arquivamento de uma ação que pedia a apreensão do passaporte de Eduardo Bolsonaro (PL-SP), decisão acatada por Moraes. Também pediu o arquivamento de um inquérito contra Bolsonaro por suposta fraude em cartão de vacina, alegando falta de provas.
Mesmo assim, aliados do ex-presidente Bolsonaro se revoltaram com a posição de Moraes de não pedir, de imediato, o arquivamento da queixa-crime.
Dos Estados Unidos, Eduardo Bolsonaro questionou a posição do ministro. “Vereadora do PT pede prisão do presidente Bolsonaro e, ao invés de arquivar, o psicopata manda a PGR se manifestar.Vá você peticionar a Moraes pedindo algo sobre G. Dias ou as câmeras do MJ Flávio Dino”, disse. “Ainda há quem diga que isto é democracia”, questionou o filho de Bolsonaro.
Já o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) apontou uma tentativa de obstruir a manifestação pedindo anistia aos condenados pelos ataques às sedes dos Três Poderes no dia 8 de janeiro de 2023. “Querer prender alguém por convocar manifestação é piada. Dia 06 na Paulista cada dia mais forte”, ponderou o deputado.
