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Vereadores lamentam morte de Fuad Noman, prefeito de BH; veja repercussão

A CMBH decretou luto oficial de três dias em homenagem ao prefeito. As agendas parlamentares que aconteceriam durante a tarde desta quarta-feira (26) também foram suspensas

Vereadores de diversos partidos e ideologias políticas lamentaram, com pesar, a morte do prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), nesta quarta-feira (26).

Na Câmara Municipal (CMBH), a maior parte das agendas parlamentares foi suspensa e as bandeiras da capital mineira, de Minas Gerais e do Brasil foram hasteadas a meio mastro em homenagem ao chefe do Executivo.

O presidente da Casa, vereador Juliano Lopes (Podemos), afirmou que a morte do prefeito é uma “perda” para Belo Horizonte e desejou condolências aos familiares e amigos.

Tive o privilégio de conviver com ele dois anos como vereador e percebi o ser humano fantástico que ele era: preocupado, sempre, em resolver os problemas da nossa população”.
— declarou o presidente da Câmara.
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Luiza Dulci (PT)

A vereadora Luiza Dulci (PT) disse que vinha acompanhando a luta de Fuad Noman na torcida pela sua recuperação. De acordo com ela, o prefeito deixa o legado de quem “amava” a cidade e de que respeitava a todos. “Esperamos que a família esteja no conforto e que possamos seguir, também, respeitando o resultado das urnas. Vencemos as eleições no ano passado, com Fuad a frente da campanha em defesa da democracia, das políticas públicas e espero que isso tenha continuidade nos próximos quatro anos”, declarou.

Vile (PL)

O vereador Vile (PL), embora não tenha apoiado a candidatura de Fuad Noman no pleito de 2024, também lamentou a morte e desejou conforto para os familiares.

Querendo ou não, BH escolheu o Fuad e o povo estava esperando que ele melhorasse para voltar para a prefeitura e governar os quatro anos que o povo lhe deu confiança. Sabíamos que ele estava com a saúde bem debilitada e ficamos tristes, mas agora é mandar os pesares para a família [...] Vamos torcer também, tenho certeza que ele também iria querer isso, para ter uma BH melhor”.
— disse para a reportagem.

Wagner Ferreira (PV)

O vereador Wagner Ferreira (PV) disse que a cidade não perdeu apenas um prefeito, mas também perdeu um “amigo”. Ele ressaltou o empenho e dedicação de Fuad para que a cidade funcionasse.

Uma pessoa com sensibilidade social enorme, indignado com os problemas da cidade e que valorizava e respeitava todo mundo, dos mais humildes aos mais ricos”.
— classificou o parlamentar.

Helinho da Farmácia (PSD)

Do mesmo partido do prefeito, o parlamentar Helinho da Farmácia (PSD) disse recebeu a morte do prefeito com muita “tristeza”, pois acreditava que ele iria se recuperar. O vereador

Conheci o Fuad na vida pública e vi que ele era um homem íntegro, trabalhador, que tratava todos com carinho, amor e dedicação, deixando um legado bem bacana que era do trabalho. Mesmo com a saúde debilitada, ele disputou as eleições, foi eleito e conseguiu fazer o que queria em vida”.
— disse para a Itatiaia.

Mais de 50 dias internado

Fuad foi internado no dia 3 de janeiro no Hospital Mater Dei, na região Centro-Sul da capital mineira. Ele deu entrada na unidade de saúde com um quadro de infecção respiratória aguda grave causada por uma pneumonia.

Durante a internação, o prefeito alternava entre momentos de melhora e piora no estado de saúde. Hoje, no entanto, o boletim médico enviado pelo Hospital informou que Fuad teve uma parada cardiorrespiratória na noite de terça-feira (25) e precisou ser reanimado.

O episódio evoluiu para um “choque cardiogênico, necessitando de doses elevadas de drogas vasoativas e inotrópicas”, ficando em estado grave.

Posteriormente, foi confirmada a morte de Fuad, que aconteceu às 11h27.

Sucessão

Com a morte do prefeito, o vice-prefeito eleito, Álvaro Damião (União Brasil), que já atuava de forma interina desde o dia 4 de janeiro, agora será empossado novamente na CMBH, mas ocupando agora o cargo de chefe do Executivo.

A cerimônia será na CMBH no dia 3 de abril, às 9h, a pedido do próprio Damião, que solicitou que o período de luto oficial, decretado pelo município, fosse respeitado.

Jornalista pela UFMG com passagem pela Rádio UFMG Educativa. Na Itatiaia desde 2022, atuou na produção de programas, na reportagem na Central de Trânsito e, atualmente, faz parte da editoria de Política.
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