O prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), que morreu nesta quarta-feira (26), vinha de poucas aparições públicas devido ao seu quadro de saúde. Em uma das mais recentes, ele apareceu debilitado na cerimônia de posse.
Fuad, inclusive, não compareceu publicamente ao evento. O prefeito tomou posse de forma virtual por recomendação médica, uma vez que, entre julho e outubro, se submeteu a um tratamento contra um câncer.
Na ocasião, a prefeitura e o Hospital Mater Dei, onde Fuad se tratou, explicaram que o prefeito estava com a imunidade baixa. “Em função do tratamento contra um câncer a que foi submetido recentemente, está com a imunidade baixa e deve evitar locais com grande concentração de pessoas por risco de contrair alguma infecção”, disse o comunicado.
Já o hospital Mater Dei explicou que, mesmo que o prefeito esteja em remissão completa do câncer, o prefeito precisava receber “tratamento de manutenção com anticorpo monoclonal com intervalos de 60 dias”, que o deixou com a imunidade comprometida.
Mesmo virtualmente, Fuad leu o compromisso de posse, conforme determinado pela Lei Orgânica do Município de Belo Horizonte. Chamou a atenção, à época, sua voz debilitada do prefeito. O agora chefe do executivo, Álvaro Damião (União), que esteve presencialmente na Câmara Municipal e foi empossado como vice, explicou o quadro de saúde de Fuad.
“As sequelas [do Prefeito Fuad] são do tratamento, não é fácil um tratamento como esse. A gente acredita e deposita todas as nossas esperanças na equipe médica comandada pelo Dr. Enaldo, pela equipe médica do Mater Dei, para dar a ele agora a tranquilidade que ele precisa para continuar o tratamento que ele está fazendo”, completou.
Ausência em diplomação
Os cuidados com a saúde também impediram Fuad Noman de comparecer à diplomação de sua chapa, junto com Damião, no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MG) em Belo Horizonte. O procurador-geral do município, Hércules Guerra, representou o prefeito e recebeu o documento que confirma a eleição junto à Justiça Eleitoral.
Na cerimônia, os dois receberam o diploma das mãos do presidente do Tribunal, Ramom Tácio.