O Supremo Tribunal Federal (STF) intensificará as medidas de segurança em sua sede na próxima semana, em preparação para o julgamento da denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e sete de seus aliados. A acusação, apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), alega uma suposta conspiração para invalidar as eleições de 2022.
O ministro Cristiano Zanin, presidente da Primeira Turma, agendou a apreciação do caso para os dias 25 e 26 de março, distribuindo-a em três sessões. Se a denúncia for aceita, Bolsonaro e seus aliados poderão se tornar réus no processo.
Movimentações políticas
Enquanto isso, a oposição se prepara para reagir ao julgamento. Na terça-feira, parlamentares aliados do ex-presidente planejam se reunir no apartamento funcional do deputado federal Luciano Zucco (PL), líder da oposição na Câmara dos Deputados, para definir estratégias pós-julgamento. O grupo antecipa uma possível condenação de Bolsonaro, que consideram fruto de perseguição política.
Agenda presidencial
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva estará ausente do país durante toda a semana do julgamento. Lula embarcou para o Japão, dando início a uma missão internacional que também incluirá uma visita ao Vietnã. O retorno do presidente está previsto apenas para o final da semana seguinte.
Acompanhado por diversos ministros, Lula afirmou que o principal objetivo da viagem é atrair novos mercados para o Brasil. A missão ocorre em meio a uma crise doméstica relacionada ao aumento dos preços de alimentos básicos, como ovos e café.
Outras pautas em Brasília
Além do julgamento no STF, a semana promete outras movimentações políticas importantes. Está previsto o início das discussões sobre a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda para até R$ 5 mil. No entanto, não se espera avanços significativos no Congresso Nacional, uma vez que os presidentes da Câmara e do Senado também acompanham Lula em sua viagem internacional.