O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) ironizou a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais 33 pessoas por suposta tentativa de golpe de Estado. Em uma publicação no X, antigo Twitter, o parlamentar mineiro classificou a acusação como ‘patética’.
“PGR vai concorrer ao Oscar também? Haja criatividade nesse roteiro. Patético”, publicou Nikolas.
Denunciado pela PGR por tentativa de golpe de Estado, Bolsonaro convocou uma reunião de emergência com toda a oposição em Brasília. O encontro será às 9h desta quarta-feira (19).
O grupo, classificado como “organização criminosa” pela PGR, tinha como objetivo impedir a transferência de poder após as últimas eleições, visando a manutenção ou retorno de Jair Bolsonaro à presidência por meios não democráticos.
Veja, abaixo, a lista de denunciados pela PGR e o papel de cada um no suposto plano:
- Ailton Gonçalves Moraes Barros, capitão reformado do Exército: era responsável por operações estratégicas de desinformação. Prometeu, segundo a denúncia, “oferecer a cabeça” do então Comandante do Exército aos “leões” caso ele não aderisse ao golpe.
- Alexandre Rodrigues Ramagem, ex-chefe da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e atual deputado federal: integrou o núcleo crucial da organização criminosa, segundo a PGR. Documentava as orientações repassadas a Jair Bolsonaro. Tinha em sua posse o arquivo “Presidente TSE informa.docx”, com argumentos contrários às urnas eletrônicas para subsidiar as falas de Bolsonaro.
- Almir Garnier Santos, ex-comandante da Marinha: aderiu ao suposto plano de golpe de Estado. Seu apoio foi retratado como atitude de um verdadeiro patriota, segundo a PGR. A Marinha estaria “coesa” em apoio ao golpe.
- Anderson Gustavo Torres, ex-ministro da Justiça e Segurança Pública: integrou o núcleo crucial da organização criminosa, reiterando a pressão pela narrativa de fraude eleitoral, segundo a PGR.
- Angelo Martins Denicoli, major da reserva do Exército: era responsável, de acordo com a denúncia, por operações estratégicas de desinformação. Fazia a ligação do grupo com o influenciador Fernando Cerimedo.
- Augusto Heleno, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI): integrante do núcleo crucial da organização criminos, tinha diretrizes e os argumentos preparados por ele em sintonia com o material encontrado na posse de Alexandre Ramagem.
- Bernardo Romão Correa Netto, coronel do Exército: promoveu, segundo a denúncia, ações táticas para convencer e pressionar o Alto Comando do Exército a ultimar o golpe de Estado.
- Carlos Cesar Moretzsohn Rocha, dono do Instituto Voto Legal: era responsável, de acordo com a PGR, por operações estratégicas de desinformação.
- Cleverson Ney Magalhães, coronel do Exército: promoveu ações táticas para convencer e pressionar o Alto Comando do Exército a ultimar o golpe, conforme conta na denúncia.
- Estevam Cals Theophilo Gaspar de Oliveira, comandante do Comando de Operações Terrestres (COTER): aceitou coordenar o emprego das forças terrestres conforme as diretrizes do grupo. Sua adesão ao golpe, de acordo com a PGR, significava a possibilidade de consumação do golpe de Estado.
- Fabrício Moreira de Bastos, coronel da reserva: promoveu ações táticas para convencer e pressionar o Alto Comando do Exército a ultimar o golpe, segundo a denúncia.
- Filipe Garcia Martins Pereira, ex-assessor de Bolsonaro: apresentou a minuta do golpe ao general Freire Gomes, de acordo com a PGR.
- Fernando de Sousa Oliveira, delegado de Polícia Federal.
- Giancarlo Gomes Rodrigues, subtenente do Exército.
- Guilherme Marques de Almeida, tenente-coronel do Exército.
- Hélio Ferreira Lima, tenente-coronel do Exército: liderou ações de campo voltadas ao monitoramento e neutralização de autoridades públicas, segundo a denúncia.
- Jair Messias Bolsonaro, ex-presidente da República: líder do núcleo crucial da organização criminosa, segundo a PGR. Tomava as principais decisões e ações de impacto social.
- Marcelo Araújo Bormevet, policial federal: orientou, de acordo com a acusação, sobre como deveria ser feito o ataque a ministros do STF.
- Marcelo Costa Câmara, coronel da Reserva do Exército.
- Márcio Nunes de Resende Júnior, coronel do Exército: promoveu, segundo a PGR, ações táticas para pressionar o Alto Comando do Exército a ultimar o golpe.
- Mário Fernandes, general da reserva do Exército: integrou o núcleo crucial da organização criminosa. Integrava a assessoria estratégica.
- Marília Ferreira de Alencar, delegada de Polícia Federal.
- Mauro César Barbosa Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro: atuava, segundo a PGR, como porta-voz do ex-presidente e transmitindo orientações aos demais membros do grupo.
- Nilton Diniz Rodrigues, general de brigada do Exército.
- Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho, jornalista: responsável, de acordo com a denúncia, por operações estratégicas de desinformação.
- Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, general da reserva do Exército: integrou o núcleo crucial da organização, segundo a PGR.
- Rafael Martins de Oliveira, tenente-coronel do Exécito: liderou, conforme consta na denúncia, ações de campo voltadas ao monitoramento e neutralização de autoridades públicas.
- Reginaldo Vieira de Abreu, coronel do Exército: responsável, segundo a PGR, por operações estratégicas de desinformação.
- Rodrigo Bezerra de Azevedo, tenente-coronel do Exército: liderou ações de campo voltadas ao monitoramento e neutralização de autoridades públicas.
- Ronald Ferreira de Araújo Júnior, tenente-coronel do Exército: promoveu ações táticas para convencer e pressionar o Alto Comando do Exército a ultimar o golpe.
- Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros, tenente-coronel do Exército: promoveu ações táticas para convencer e pressionar o Alto Comando do Exército a ultimar o golpe.
- Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal.
- Walter Souza Braga Netto, general do Exército: integrou o núcleo crucial da organização criminosa. Teria coordenação-geral, segundo a PGR.
- Wladimir Matos Soares, policial federal: liderou ações de campo voltadas ao monitoramento e neutralização de autoridades públicas.