A Polícia Rodoviária Federal (PRF) abriu uma licitação para a compra de novos radares móveis que vão reforçar o trabalho dos agentes na fiscalização das estradas. O equipamento, do tipo ‘pistola’, deverá possuir tecnologia capaz de reconhecer a diferença entre veículos leves e pesados, além de conseguir capturar infratores que estejam trafegando a até 320 km/h.
No próximo dia 25, a PRF irá promover uma audiência pública com fornecedores nacionais e internacionais para avaliar os equipamentos. Segundo a corporação, o objetivo é analisar qual equipamento atende melhor aos critérios estabelecidos.
De acordo com o edital de licitação, os novos radares móveis devem possuir mira telescópica, autonomia mínima de 8 horas por bateria, flash infravermelho sem fio para uso noturno e identificação de placas, além de outras especificações.
Os equipamentos serão usados nas rodovias federais para fiscalizar a velocidade e melhorar a segurança viária. Ainda de acordo com a PRF, as novas ‘pistolas’ para controle de velocidade devem operar em diferentes condições climáticas e serem portáteis para uso em operações estratégicas.
Multa não pode ser surpresa
O uso do radar móvel é regulado pelo Código de Trânsito Brasileiro (CTB). A lei exige que os motoristas sejam informados previamente da presença de radares.
Pelas regras, o equipamento deve ser visível e o objetivo principal é educar os condutores, e não aplicar multas surpresas.
Nas estradas, os agentes da PRF costumam se posicionar em trechos pré-determinados, com base em análises onde há maior risco de ultrapassagens inadequadas e excesso de velocidade - principal responsável pelos acidentes nas rodovias.
Somente entre janeiro e outubro de 2024, o excesso de velocidade resultou em mais de 5 milhões de autos de infração por parte da PRF. Em comparação com o mesmo período do ano passado, quando foram registradas mais de 2 milhões autuações relacionadas à velocidade incompatível, o índice representa aumento de 137,5%.