A Procuradoria Geral da República (PGR) solicitou a condenação de ex-integrantes da cúpula da Polícia Militar do Distrito Federal por omissão nos atos golpistas ocorridos em 8 de janeiro de 2023 contra a sede dos Três Poderes, em Brasília.
Entre os acusados estão coronéis e oficiais que, de acordo com a PGR, ignoraram alertas de inteligência e falharam na contenção dos ataques aos prédios públicos. A procuradoria afirma que a PM tinha conhecimento das informações de inteligência que indicavam o risco de atentados aos Três Poderes entre os dias 7 e 8 de janeiro.
Planejamento ineficiente e pedidos da PGR
Segundo a PGR, apesar do conhecimento prévio, os comandantes realizaram um planejamento ineficiente para conter as ações dos manifestantes. Como consequência dessa falha, a Procuradoria está solicitando não apenas a prisão dos réus, mas também a perda de seus cargos.
Os acusados enfrentam graves acusações, incluindo crimes como golpe de Estado e dano ao patrimônio público. A severidade dessas acusações reflete a gravidade dos eventos ocorridos durante os ataques às sedes dos Três Poderes.
Próximos passos judiciais
O caso está atualmente sob a responsabilidade do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Cabe agora ao ministro definir uma data para o julgamento desses ex-integrantes da cúpula da PM do Distrito Federal.
Este desenvolvimento ocorre no contexto mais amplo das investigações e julgamentos relacionados aos atos antidemocráticos de 8 de janeiro. O STF já condenou 371 pessoas por participação nesses eventos, que completam dois anos nesta quarta-feira (8).