A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Cármen Lúcia, afirmou, durante um evento promovido pela Ordem dos Advogados do Brasil Seção Minas Gerais (OAB-MG) em Belo Horizonte nesta sexta-feira (7), que a imigração foi “objeto de cuidado” durante as eleições municipais de 2024.
Segundo a ministra, isso aconteceu principalmente na região norte do Brasil, como nos estados de Roraima, Acre e Amazonas, mas também em Belo Horizonte.
“Isso foi tema de discussões e debates na campanha eleitoral municipal deste ano, ao argumento de que havia imigrantes que estavam nas praças e nas ruas, especialmente no centro de BH”, disse a Cármen Lúcia.
Embora não seja diretamente um caso de imigrantes, já que não se trata de estrangeiros, durante a campanha eleitoral de 2024 na capital mineira, o senador Carlos Viana (Podemos), que disputou a prefeitura, chegou a dizer que a “solução” para resolver o alto número de pessoas em situação de rua era “devolvê-los” para suas respectivas cidades de origem.
Na época, ele chegou a alegar que “prefeitos irresponsáveis” do interior do estado estariam “enviando” as pessoas para a capital mineira.
Fronteiras brasileiras
No entanto, segundo a ministra, no Norte do país a situação extrapola as barreiras estaduais e municipais, já que Roraima, Amazonas e Acre fazem fronteira com outros países da América Latina.
De acordo com dados divulgados pelo Fundo Internacional de Emergência das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), entre janeiro e agosto de 2024, foram 60 mil refugiados e migrantes entrando no Brasil por Pacaraima, fronteira com a Venezuela, cerca de 250 pessoas por dia.
2º voo de deportados brasileiros de Trump chegou ao Brasil
O segundo voo com brasileiros deportados dos Estados Unidos desde o início do governo de Donald Trump pousou em Fortaleza por volta das 16h06. Vieram 111 brasileiros, incluindo homens, mulheres e crianças.
Uma parte deste grupo é de Minas Gerais e, por isso, eles serão deslocados por um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para o Aeroporto de Confins.