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Alckmin critica alta dos juros e diz esperar BC ‘mais razoável’ em 2025

Segundo o vice-presidente, decisão é um equívoco

O vice-presidente da República e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin (PSB), criticou nesta sexta-feira (12) a elevação da taxa básica de juros para 12,25% e disse esperar que com a próxima diretoria do Banco Central haja algo “mais razoável”.

“Eu espero que no próximo ano, com as mudanças aí do Banco Central, a gente tenha uma coisa mais razoável. Porque isso acaba inibindo o investimento”, declarou Alckmin durante agenda na Superintendência da Zona Franca de Manaus.

A partir de 2025, sete dos nove diretores da autoridade monetária terão sido indicados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), incluindo Gabriel Galípolo, que presidirá a instituição.

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Segundo Alckmin, a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) fica ainda “pior” se for considerado que ela se deu como uma reação ao ambiente, já que a elevação da Selic em 1 ponto percentual também aumenta a dívida do governo em R$ 50 bilhões. “Me parece um equívoco”, avaliou.

O vice-presidente afirmou ainda que a análise dos preços de energia e alimentos para formulação da política monetária é um problema, uma vez que eles são vulneráveis ao clima e à geopolítica, e elogiou o modelo adotado pelo Banco Central americano, o Federal Reserve.

“Nos Estados Unidos, o Federal Reserve tem duas missões. Uma missão é emprego. E a outra é controlar a inflação. Ele não leva em consideração o alimento. Alimento é clima. Não vai chover porque eu aumentei os juros. Só prejudica a economia e não resolve o problema. Não é por excesso de consumo. A mesma coisa é energia”, disse.


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Repórter de política em Brasília. Formado em jornalismo pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), chegou na capital federal em 2021. Antes, foi editor-assistente no Poder360 e jornalista freelancer com passagem pela Agência Pública, portal UOL e o site Congresso em Foco.
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