O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador oficial da inflação no Brasil, apresentou desaceleração em novembro, registrando alta de 0,39%, segundo dados divulgados nesta terça-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em outubro, o índice havia subido 0,56%.
Apesar da redução no ritmo de alta mensal, a inflação acumulada em 12 meses até novembro alcançou 4,87%, superando os 4,76% registrados em outubro. Esse desempenho mantém o índice acima do teto da meta de inflação estabelecida pelo Banco Central, que é de 3% com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual (ou seja, até 4,5%).
Alimentação e transportes lideram alta
O grupo Alimentação e Bebidas foi o principal responsável pelo avanço do IPCA em novembro, com alta de 1,55%. O aumento de 8,02% nos preços das carnes foi o destaque, especialmente cortes como contrafilé, alcatra e costela, além do óleo de soja, que contribuíram com impacto de 0,03 ponto percentual cada.
O setor de Transportes também pressionou o índice, com variação de 0,89%, impulsionada pelo aumento expressivo de 22,65% nas passagens aéreas, que exerceram o maior impacto individual no IPCA do mês. Por outro lado, os combustíveis registraram ligeira queda de 0,15%, com recuos nos preços do etanol (-0,19%) e da gasolina (-0,16%).
Recuo em habitação compensa alta em outros itens
O grupo Habitação apresentou a maior contribuição para conter a inflação em novembro, registrando queda de 1,53%. Esse movimento foi influenciado pelo recuo de 6,27% no custo da energia elétrica residencial, em decorrência da aplicação da bandeira tarifária amarela, que possui menor custo para os consumidores. Em dezembro, a bandeira será verde, sem cobrança adicional.
Por outro lado, Despesas Pessoais subiram 1,43%, com destaque para o cigarro, que teve alta de 14,91% devido ao aumento da alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).
