O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, rebateu as acusações de aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre uma suposta perseguição da Polícia Federal (PF) com opositores do governo do presidente Lula (PT).
Nesta terça-feira (3), o ministro participou de uma audiência da Comissão de Segurança Pública do Senado Federal, após receber um convite dos senadores. Alguns deles, aliados ao ex-presidente, questionaram Lewandowski sobre a investigação da PF que indiciou Bolsonaro e outras 36 pessoas pela tentativa de golpe de Estado.
“Eu disse a ele [Andrei Rodrigues, diretor da PF] que na Polícia Federal eu não tenho nenhuma ingerência e nem poderia ter, pois quem comanda a PF é um juiz, seja de primeiro grau ou de um tribunal superior. É uma corporação independente, que não é de governo, mas sim de estado”, rebateu Lewandowski ao senador Jorge Seif (PL).
Ele complementa dizendo que os inquéritos são feitos com muita “técnica”, “sobriedade” e “sem nenhum viés político”.
Tentativa de golpe de Estado
A Polícia Federal concluiu uma investigação que apurava uma suposta tentativa de golpe de Estado após o resultado das eleições de 2022. O ex-presidente Bolsonaro e outros nomes, incluindo militares e ex-membros do governo, foram indiciados.
O relatório final foi encaminhado ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que retirou o sigilo do documento e enviou para a Procuradoria-Geral da República (PRG), que ficará responsável por abrir ou não uma denúncia contra os investigados.