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Corte de gastos: Alckmin diz que dólar deve se ‘acomodar’ após aprovação no Congresso

Governo tem sido pressionado pela alta da moeda norte-americana após anúncio de corte de gastos aquém das expectativas do mercado

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou nesta terça-feira (3) que o valor do dólar deve cair até o final do ano, após o Congresso aprovar as medidas de corte de gastos propostas pelo governo federal.

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Influenciada por motivos externos e internos, a moeda comercial norte-americana fechou a segunda-feira (02) cotada a R$ 6,065 - alta de 1,13% e um novo valor recorde, após a alta registrada na última sexta-feira (29).

Os picos de valorização da moeda são atribuídos a reação dos investidores às ameaças do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, contra os Brics. Mas ainda há reflexos da insatisfação com o pacote de medidas fiscais anunciado na semana passada no Brasil.

Segundo Alckmin, a flutuação do preço da moeda deve ser ‘acalmada’ a partir da aprovação das medidas por parte do Congresso. A previsão do governo é que as medidas sejam votadas e aprovadas ainda neste ano.

“Ele [o dólar] tem um componente interno e um externo. Ontem, no mundo inteiro, nós tivemos um estresse maior por componente externo. Por isso eu acho que essas coisas são transitórias. O câmbio é flutuante, do jeito que ele sobe, ele cai”, disse Alckmin.

“Em relação ao interno, se Congresso der resposta rápida neste mês de dezembro aprovando as medidas, para cumprir o arcabouço de déficit primário zero, que reduzem despesas no curto, médio e longo prazo, não só zera o déficit agora, mas já prevê uma redução de despesas também nos próximos anos. À medida em que isso ficar claro, nós devemos ter uma acomodação do dólar, o câmbio mais baixo, acrescentou o vice-presidente”, concluiu.


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Repórter da Rádio Itatiaia em Brasília atuando na cobertura política dos Três Poderes. Mineiro formado pela PUC Minas Gerais, já teve passagens como repórter e apresentador pela Rádio BandNews FM, Jornal Metro e O Tempo. Vencedor do prêmio CDL de Jornalismo em 2021 e Amagis 2022 na categoria rádio.
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