O ex-presidente Jair Bolsonaro não vai participar do velório e do sepultamento de Leila Caran Costa, mãe do presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, nesta terça-feira (3). A decisão foi tomada mesmo após o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), permitir o contato entre Bolsonaro e Valdemar na cerimônia.
“O ministro Alexandre de Moraes autorizou somente às 13h55 a ida de Jair Bolsonaro ao velório da mãe de Valdemar da C. Neto, presidente do PL. Pelo horário, Bolsonaro ficou impedido de comparecer. Por seu advogado ele agradece a liminar e peticiona no sentido de comparecer na missa de 7° dia. Michelle está representando Bolsonaro em Mogi dss Cruzes/SP. Que Deus, em sua infinita bondade, acolha a senhora Leila e conforte seus familiares”, diz nota do presidente, publicada no X (antigo Twitter).
Seria o primeiro encontro público entre os dois desde a ordem de proibição de contato entre eles, em fevereiro deste ano. A restrição de contato decorre do inquérito que apura a participação de ambos em uma suposta tentativa de golpe de Estado.
A defesa de Bolsonaro pediu a autorização em “caráter excepcional”. Os advogados do ex-presidente dizem que ele se compromete a “não manter quaisquer conversas sobre as investigações em curso”.
“Em face da excepcionalidade do pedido e da afirmação da defesa, (...) autorizo Jair Messias Bolsonaro a manter contato com o investigado Valdemar Costa Neto, nos citados velório e sepultamento que acontecerão, respectivamente, na Câmara Municipal de Mogi das Cruzes e no Cemitério São Salvador”, diz Moraes, completando:
“Ressalte-se o caráter provisório da presente decisão, que não dispensa o requerente do cumprimento das demais medidas cautelares a ele impostas.”
Leila morreu na madrugada desta terça-feira (3), em Mogi das Cruzes, aos 99 anos. A causa da morte não foi revelada pela família.