O presidente Luiz Inácio Lula da Silva encerrou o G20 Social neste sábado (16) com um discurso crítico ao neoliberalismo e em defesa de jornadas de trabalho mais equilibradas. O evento, que antecede a cúpula do G20, contou com a participação de organizações e movimentos sociais.
Lula destacou o papel fundamental da sociedade civil no avanço das três prioridades escolhidas pela presidência brasileira do G20: o combate à fome e à pobreza, a transição energética e a reforma da governança global.
Críticas ao neoliberalismo e desigualdade
O presidente brasileiro não poupou críticas ao modelo econômico neoliberal, afirmando que este ‘agravou a desigualdade econômica e política que hoje assola as democracias’. Lula defendeu que o G20 precisa ‘discutir uma série de medidas para reduzir o custo de vida e promover jornadas de trabalho mais equilibradas’.
O discurso de Lula ocorre em meio às discussões sobre mudanças na legislação trabalhista brasileira, especialmente no que diz respeito à proibição da escala de trabalho 6x1 (seis dias de trabalho por um de folga).
Compromisso com o desenvolvimento sustentável
O presidente também enfatizou a importância de ouvir a juventude e preservar o espaço público contra o extremismo. Lula ressaltou a necessidade de compromisso com a paz, afirmando que conflitos geopolíticos não devem desviar o foco do desenvolvimento sustentável.
Ao final do evento, Lula recebeu as recomendações contidas na Declaração final do G20 Social e prometeu levá-las aos demais líderes do grupo. O presidente brasileiro expressou seu desejo de que o ‘pilar social’ do G20 continue nos próximos anos, ampliando o engajamento da sociedade civil.
Lula concluiu seu discurso lembrando que o Brasil sediará outros dois importantes eventos internacionais no próximo ano: a cúpula dos BRICS e a COP30. O presidente reafirmou seu compromisso de ‘seguir construindo junto um mundo justo e um planeta sustentável’.