Ouvindo...

Nikolas Ferreira denuncia Duda Salabert por uso indevido de dinheiro do Fundo Eleitoral

Na petição, Nikolas solicita também a investigação dos ex-assessores da deputada, de suas respectivas empresas e também da parlamentar

O deputado Nikolas Ferreira (PL) apresentou à Polícia Federal de Minas Gerais (PF) nesta quinta-feira (14) uma denúncia de notícia-crime contra Duda Salabert (PDT). No documento, ele solicita investigações sobre um possível uso indevido de dinheiro do Fundo Eleitoral por parte da deputada.

A alegação é que Duda teria adotado como “modus operandi” a transferência de recursos eleitos a empresas registradas em nome de ex-assessores parlamentares que deixaram os cargos na véspera do período eleitoral.

“Nada se sabe sobre o suposto funcionamento de tais empresas, se possuíam ou não outros clientes, qual a formação e expertise dos assessores que as constituíram, se os serviços contratados com recursos públicos foram ou não executados, se a margem de lucro era condizente ou não com a prática de mercado, e muito menos qual foi a efetiva destinação a tais valores”, diz trecho do documento obtido pela Itatiaia.

Leia também

Segundo a denúncia, o valor apropriado por Duda poderia ultrapassar R$ 5 milhões.

A petição encaminhada à PF solicita a abertura de um inquérito para investigação dos ex-assessores, das empresas e da própria deputada.

A reportagem procurou a parlamentar, que respondeu dizendo que “não houve ilegalidade nem imoralidade em nenhuma contratação” da campanha da deputada para a prefeitura de Belo Horizonte.

Confira nota de Duda Salabert na íntegra:

Não houve ilegalidade nem imoralidade em nenhuma contratação de nossa campanha. As contas foram prestadas no prazo legal correto e sem nenhum problema.

A prestação de serviços foi amplamente reconhecida e noticiada em vários veículos de imprensa como a que mais engajou nas redes sociais, a mais criativa, entre outros.

A lei é clara ao proibir um funcionário público trabalhar e ser remunerado em uma campanha. Por isso exonerei os servidores que trabalhariam na campanha. Assim eu fiz, assim o prefeito, os deputados e o vereador que disputaram a eleição o fizeram. Porque é assim que é o correto.

Quem vai fazer campanha precisa ser exonerado no prazo legal e trabalhar para campanha, recebendo obviamente pelos seus serviços com a devida prestação de contas e de acordo com os valores do mercado.


Participe dos canais da Itatiaia:

Jornalista pela UFMG, já passou pela Rádio UFMG Educativa. Na Itatiaia desde 2022, participou da produção de programas para a rádio e cobrindo a editoria de cidades. Atualmente faz parte da editoria de Política, na cobertura das Eleições 2024.
Leia mais