O senador Eduardo Girão (Novo-CE) expressou sua insatisfação com a redução das sessões plenárias no Senado Federal, especialmente às segundas e sextas-feiras. Durante uma rara sessão de segunda-feira, o parlamentar aproveitou a oportunidade para criticar a decisão da Mesa Diretora que limita a abertura das sessões apenas aos seus membros.
Girão classificou a medida como ‘antidemocrática’, ressaltando que essa prática nunca havia ocorrido nos 200 anos de história do Senado. ‘Em 200 anos o Senado não teve essa mácula, e agora está tendo essa mácula de meses para cá', afirmou o senador.
Impacto na produtividade e no debate
O parlamentar destacou que a escassez de sessões compromete significativamente a produtividade e o debate de pautas relevantes para o país. Girão mencionou que possui uma quantidade considerável de discursos e denúncias para fazer da tribuna do Senado, mas encontra dificuldades devido à falta de sessões regulares.
‘Já não basta os vilipêndios que nós temos sofrido no Supremo Tribunal Federal’, disse Girão, fazendo uma crítica paralela ao que ele considera como ‘ativismo político ideológico’ da Corte Suprema.
Apelo por mais sessões e transparência
O senador fez um apelo por mais sessões e maior transparência nos trabalhos legislativos. Ele lembrou que, em 2019, era comum haver discursos às segundas e sextas-feiras, situação que se inverteu drasticamente.
Girão prometeu continuar denunciando o que chamou de ‘manobra’ da atual Mesa Diretora, enfatizando a importância de manter o Senado ativo e acessível para o debate democrático. O parlamentar defende que essa restrição prejudica o funcionamento adequado da Casa e limita a capacidade dos senadores de cumprirem suas funções representativas.