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Bolsonaro vai pedir a Moraes para participar da posse de Trump nos EUA

O ex-presidente disse que, se houver convite de Trump, ele vai acionar o STF para liberar seu passaporte

O ex-presidente Jair Bolsonaro vai pedir autorização ao Supremo Tribunal Federal (STF) para participar da posse do mandatário eleito nos Estados Unidos, Donald Trump, em 20 de janeiro de 2025. Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, Bolsonaro disse que já teve três pedidos de viagem internacional negados pelo ministro Alexandre de Moraes.

“Se o Trump me convidar, eu vou peticionar ao TSE [Tribunal Superior Eleitoral], ao STF . Agora, com todo o respeito, o homem mais forte do mundo... você acha que ele vai convidar o Lula? Talvez protocolarmente”, disse Bolsonaro ao jornal de SP.

O ex-presidente está inelegível e não poderá se candidatar até 2030. Ele foi condenado por abuso de poder político e econômico e uso indevido dos meios de comunicação.

“Vou peticionar ao Alexandre. Ele decide. O Eduardo [Bolsonaro] tem amizade enorme com ele [Trump]. Tanto é que de 85 convidados ele foi e botou mais dois para dentro, o Gilson [Machado, ex-ministro de Bolsonaro] e o filho do Gilson. Ele me tem como uma pessoa que ele gosta, é como você se apaixona por alguém de graça, né? Essa paixão veio da da forma como eu tratava ele, sabendo o meu lugar”, disse Bolsonaro.

O entrave

O passaporte de Bolsonaro foi apreendido pela Polícia Federal após ordem do ministro Alexandre de Moraes, no âmbito das investigações sobre possível tentativa de golpe de Estado em 2022. A decisão foi mantida pela Primeira Turma do tribunal.

Para que Bolsonaro possa ir à possa de Trump, essa decisão precisa ser revogada. Os advogados do ex-presidente podem recorrer da decisão na Corte com pedido de revogação da medida. No entanto, em outras ocasiões, a revogação foi negada.

Em março, Moraes rejeitou o pedido do ex-presidente para que tivesse o passaporte devolvido a fim de viajar a Israel. Os advogados do ex-mandatário haviam solicitado ao magistrado a autorização para que ele pudesse ir a Israel a convite do primeiro-ministro do país, Benjamin Netanyahu.

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Antes disso, no fim de 2023, o ex-presidente informou ao ministro Alexandre de Moraes que iria viajar para a Argentina, com o objetivo de participar da posse de Javier Milei como presidente. No entanto, para entrar no país vizinho, basta apresentar a carteira de identidade, não sendo necessário o passaporte.

Citou Temer como vice, que negou

Bolsonaro também disse ao jornal considerar a eleição de Donald Trump à Casa Branca um “passo importantíssimo” para seu “sonho” de disputar a eleição de 2026 e voltar ao Palácio do Planalto em 2027. "É igual a uma caminhada de mil passos, você tem que dar o primeiro, tem que dar o décimo. E o Trump é um passo importantíssimo”.

Ele também citou a possibilidade de Michel Temer ser o seu vice, mas o político alegou que está “fora da vida pública”.


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