Entenda as críticas de Caiado sobre proposta do governo Lula para PEC da Segurança

Governador de Goiás defende autonomia estadual na segurança pública e argumenta contra proposta do governo federal para unificação de políticas

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), expressou fortes críticas à Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da Segurança, apresentada pelo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, durante uma reunião com o presidente Lula.

Caiado classificou a iniciativa como uma ‘usurpação de poder’ dos estados, defendendo veementemente a autonomia estadual no tratamento das questões de segurança pública.

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Em sua argumentação, Caiado enfatizou que a segurança pública não pode ser tratada de maneira uniforme em todo o país, diferentemente de áreas como saúde e educação. “Cada estado tem a sua peculiaridade. Não é uma regra única que vai decidir o que é que deve ser uma regra para todos os estados da federação. Esse engessamento não vai dar certo”, afirmou o governador.

Experiências locais e resultados em Goiás

O governador destacou os avanços na segurança pública alcançados em Goiás durante sua gestão. Segundo ele, cidades que antes figuravam entre as mais perigosas do país, no entorno de Brasília, hoje são ‘100% pacificadas’. Caiado atribuiu esse sucesso à priorização da segurança em seu governo e à especialização das forças policiais.

‘Você pode chegar lá a hora que você quiser, ir para o restaurante, ir para o ponto de ônibus com o telefone e celular, pode fazer o que você quiser. Você não tem a presença do crime em nenhum palmo de terra no estado de Goiás’, declarou.

Críticas à proposta federal

Caiado argumentou que a PEC da Segurança propõe ‘normas gerais que sobrepõem a legislação dos estados’, o que considera inadequado. Ele defende um modelo em que o governo federal sirva de apoio aos estados, e não um em que dite regras para os entes federativos.

O governador alertou para a gravidade da situação da segurança pública no país, enfatizando a necessidade de um enfrentamento sério ao crime organizado. ‘Nós temos que tomar consciência que ou nós vamos enfrentar o crime no país para valer ou se não o crime vai tomar conta dos estados e do país’, concluiu Caiado, reforçando sua posição contra a centralização das políticas de segurança.

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