O senador Cleitinho (Republicanos-MG) manifestou-se veementemente contra a flexibilização da Lei da Ficha Limpa durante sessão no plenário do Senado Federal. O parlamentar defendeu a manutenção da legislação que impede políticos condenados por corrupção de se candidatarem a cargos públicos. O projeto foi retirado da pauta do Senado desta semana.
Em seu pronunciamento, Cleitinho criticou duramente a tentativa de alterar a lei, afirmando: ‘Vamos tentar barrar tudo, principalmente o que foi o patifarinho. Sabe o projeto que a gente conseguiu não deixar voltar aqui agora? Projeto de flexibilizar a lei da ficha limpa’.
Críticas a políticos condenados
O senador citou casos emblemáticos de políticos condenados por corrupção, como Eduardo Cunha e Sérgio Cabral, argumentando que a flexibilização da lei permitiria que eles ‘voltassem à cena do crime’. Cleitinho destacou a gravidade das condenações, mencionando: ‘Sérgio Cabral pegou 400 anos de prisão. Para ele poder pagar essa pena, ele tinha que ressuscitar quatro vezes’.
Proposta de endurecimento da lei
Além de defender a manutenção da Lei da Ficha Limpa, Cleitinho anunciou a intenção de propor um projeto de lei ainda mais rigoroso. ‘Eu vou fazer um projeto de lei aqui para que nunca mais político que desviou dinheiro e roubou, seja político, seja candidato’, declarou o senador, sugerindo inclusive punições mais severas para casos de corrupção.
O posicionamento do senador Cleitinho reflete a tensão no cenário político brasileiro em torno da Lei da Ficha Limpa, evidenciando o debate sobre a elegibilidade de políticos condenados e a necessidade de medidas anticorrupção mais efetivas no país.