Trocas de farpas e alfinetadas entre candidatos à Prefeitura de BH marcam o primeiro debate na TV, organizado na noite desta quinta-feira (8) pela Band Minas. Cloroquina, construção de metrô na Venezuela e até uma possível prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foram alguns dos temas usados para tentar desestabilizar os adversários.
Bruno Engler (PL), Carlos Viana (Podemos), Duda Salabert (PDT), Fuad Noman (PSD), Gabriel Azevedo (MDB), Mauro Tramonte (Republicanos) e Rogério Correia (PT) participaram do programa, na sede da emissora, na região oeste de BH.
Ausência de Bolsonaro e Lula
Bruno Engler e Rogério Correa foram questionados no bloco destinado a perguntas de jornalistas sobre a ausência de seus principais cabos eleitorais (respectivamente, Bolsonaro e Lula). O candidato do PL afirmou que não convidou o ex-presidente, mas alegou que ele viria para sua convenção caso não tivesse sido acometido por um problema de saúde.
‘Pergunta lamentavelmente mentirosa. Eu chamei ele para minha convenção e ele não veio por uma questão de saúde (erisipela). Ele vai estar aqui na campanha, ele sabe da importância da nossa capital. Estamos aqui discutindo os problemas de Belo Horizonte. É importante o posicionamento político. Todo mundo sabe o lado que eu tenho, as pautas que eu defendo”.
Em resposta, Rogério Correia afirmou que o ex-presidente está prestes a ser preso.
‘Eu acho muito difícil que Bolsonaro venha em BH no futuro, pois ele está para ser preso. Fui da CPI que investigou a tentativa de golpe. Ele roubou joias e vai ser indiciado. Ele falsificou cartão de vacina e vai ser indiciado. Ele tentou um golpe para acabar com a democracia. Não vai demorar muito para que ele seja preso. O candidato (Engler) não precisa ficar nervoso, tome uma cloroquina, fique mais calmo. Talvez a cloroquina te salve de tanto nervosismo. Ele não fala do Bolsonaro porque está com vergonha. O Brasil inteiro tem vergonha de Bolsonaro”, afirmou o petista.
Críticas a Lula
Bruno Engler e Carlos Viana fizeram uma ‘dobradinha’ para criticar o presidente Lula (PT).
“O último metro de metrô que foi construído em BH foi no período Fernando Henrique Cardoso. O PT construiu metrô em Caracas, com o seu dinheiro”, afirmou Engler depois de Rogério apontar que Lula ajudou a construir o metrô da capital.
Segundo Engler, o dinheiro liberado recentemente para o metrô de BH se deu no governo Bolsonaro: “Não basta não fazer, tem que tentar atrapalhar”, disse Engler ao acusar que o PT tentou atrapalhar o processo de concessão do metrô de BH.
Parada LGBTQIAP+
Ligados a igrejas, Viana e Tramonte foram perguntados sobre políticas de diversidade e afirmaram que não vão acabar com a parada gay, mas desconversam e saíram rapidamente do tema. Viana chegou a afirmar que o Mercado Novo, na região central, pode funcionar como um centro de referência gastronômica para a população LGBT+.