O segundo bloco do debate na Band Minas contou com embates acalorados de todos os lados entre candidatos à Prefeitura de BH. Alianças políticas, falta de soluções para o Anel Rodoviário, a destinação para o terreno do aeroporto Carlos Prates e licenciamento ambiental motivaram as perguntas.
A recente aliança formada por Mauro Tramonte (Republicanos), que reúne apoios de Zema e Kalil, e colocou Luisa Barreto (Novo) como vice do apresentador de TV, foi alvo de críticas no debate na noite desta quinta-feira (8).
Rogerio Correia (PT), confrontou o deputado estadual do Republicanos. Segundo Rogerio, Tramonte anunciou uma aliança política que resultou em uma “verdadeira baixaria” dentro da coligação.
“Tudo bem procurar o Zema ou procurar o Kalil, mas você procurou os dois. Na hora que os dois entraram, danaram a brigar. Você saiu do Balanço Geral e criou um barraco geral. Isso foi um acordo feito? Como vai ficar secretário, cada um indica um? Como vai ficar essa bagunça?”.
Mauro Tramonte rebateu as alegações de que Zema e Kalil, novos aliados, vão mandar na prefeitura caso ele seja eleito.
‘Essa discussão foi pontual. Quem vai mandar sou eu. Quem vai ter a caneta serei eu. Não houve acordo nenhum. Trouxemos o Kalil com sua bagagem política e o governador Zema, que também tem uma bagagem política muito grande. Esse papo de indicar secretarias é conversa fiada. Houve esse burburinho pontual que já passou. Tenho certeza de que todo mundo aqui procurou o apoio do Zema ou do Kalil. Os dois vêm para ajudar. Isso não significa que eles estão juntos, mas eles vêm para ajudar [...]. Temos uma pessoa extremamente técnica, que é a Luísa Barreto, que entende muito de planejamento. Kalil é uma pessoa de peso, como eu, que gosta de pobre. Zema também gosta, mas tem uma veia de empresário’.
Anel Rodoviário
Rogério Corrêa (PT) defendeu a duplicação de viadutos do Anel Rodoviário para melhorar o trânsito da capital mineira e criticou o projeto do Rodoanel Metropolitano, do governo Romeu Zema (NOVO).
“Precisamos duplicar oito viadutos no Anel Rodoviário. Essas obras vêm do PAC. Eu, como prefeito, vou trazer esse recurso. Eu já falei com Lula. Quando ele me disse para ver o que precisamos trazer para Belo Horizonte, eu disse que levaria o que eu sei que é preciso fazer. Um deles é o Anel Rodoviário. O Governador Zema poderia ajudar um pouco. Ao invés de ficar falando naquela obra que nunca será feita, que eles chamam de Rodoanel mas na verdade é um Rodominério, ele poderia ajudar com os recursos para a gente fazer o Anel Rodoviário”, cutucou.
Carlos Prates
Mauro Tramonte criticou a criação de um conjunto habitacional no terreno do antigo Aeroporto Carlos Prates e apresentou o projeto de construção de um centro esportivo. O deputado propõe manter uma pista para emergências.
‘A dificuldade de locomoção vai ser muito grande. Temos mais de 150 prédios parados que estão para ser construídos ou parados. Daria mais de 10 mil residências. Para que fazer prédio lá (no Carlos Prates)? Temos a ideia de fazer um centro de esportes municipal. Vai ter piscina, futebol, basquete, vôlei, capoeira. Tirar eles da rua, oferecer uma bolsa ou um trabalho esportivo. Essa é a intenção. Temos que deixar um espaço no Aeroporto para subida e descida de aeronaves para transporte de órgãos, que é essencial’.
Já Fuad defendeu a construção de moradias populares na área do Carlos Prates. “O aeroporto Carlos Prates, nós conseguimos aquela área para prefeitura e pretendemos fazer muita moradia naquela área”.
Saúde
Gabriel Azevedo falou sobre as propostas para a modernização da Saúde em Belo Horizonte, incluindo a implementação de um ‘corujão de atendimentos’
‘Criamos o transporte gratuito para quem tem consulta marcada. Curitiba já tem teleconsulta. Isso desafoga a fila do hospital. Também precisamos criar uma carreira sólida para os profissionais da Saúde. Têm 30 mil pessoas na fila por uma cirurgia. Com corujão de atendimentos, a gente consegue zerar essa fila. Também podemos fazer parcerias com a rede privada. Com hospitais como o Mater Dei, que nos enche de orgulho [...]. O Kalil, que apoiava o atual prefeito e já lhe abandonou por razões óbvias, disse que o secretário de Saúde de Mauro Tramonte será o mesmo dele. Foi o mesmo responsável por tentar implementar uma solução integrada e não levou adiante. A Prodabel não conseguiu fazer, depois pagaram caro por uma solução que não soluciona. Não conseguiu digitalizar nosso sistema de saúde’.