‘Bombom virou wafer’: Alckmin explica efeitos da reforma tributária

Vice-presidente citou ‘drible’ de produtores para evitar pagamento de tributos e projetou atração de investimentos a reboque de mudanças na cobrança de taxas

O vice-presidente Geraldo Alckmin, do PSB

O vice-presidente Geraldo Alckmin, do PSB, disse que a reforma tributária vai eliminar a necessidade encontrada por produtores de alimentos de “driblar” a cobrança de impostos. Como exemplo, ele citou fabricantes de chocolates que passaram a nomear bombons como wafers a fim de zerar a alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).

“Sobre a reforma tributária: hoje é o Dia Mundial do Chocolate. O bombom (tem) 5% de IPI. O wafer, zero. O bombom virou wafer só para sair de cinco para zero (de alíquota). Isso vai acabar. Com a reforma tributária, não têm essas diferenças absurdas entre bombom e wafer”, afirmou, nessa sexta-feira (7), em Brasília (DF).

O texto da reforma tributária foi aprovado em dois turnos pela Câmara dos Deputados e, agora, será analisado pelo Senado Federal. A principal diretriz gira em torno da unificação de impostos já existentes.

“Vivemos no mundo da fantasia tributária. Isso perde eficiência econômica. É uma reforma importante para atrair investimentos”, defendeu Alckmin, que também comanda o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

A ideia da reforma tributária é eliminar IPI, PIS e Cofins, tributos federais, além do ICMS (estadual) e do ISS (municipal). Eles seriam substituídos por dois impostos sobre valor agregado (IVA): um gerido pela União e outro por estados e municípios. Há prazos de transição para unificar taxas entre 2026 e 2032, quando os impostos atuais seriam extintos.

Graduado em Jornalismo, é repórter de Política na Itatiaia. Antes, foi repórter especial do Estado de Minas e participante do podcast de Política do Portal Uai. Tem passagem, também, pelo Superesportes.

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