Sigla à qual pertence o ex-presidente Jair Bolsonaro, o Partido Liberal (PL) está dividido em relação à
Às vésperas da
O principal entrave se refere à oposição entre Lula (PT) e o ex-presidente. A votação da reforma tributária, principal pauta econômica do governo para o semestre, acontece após
À contramão, outros parlamentares adotam postura moderada e apostam no diálogo para acertar pontos polêmicos contidos na reforma tributária — especialmente a unificação dos impostos e o temor pela queda na arrecadação dos estados e municípios. Presidente do partido em Manaus, o deputado Capitão Alberto Neto (PL-AM) sinalizou a possibilidade de apoiar a mudança na legislação tributária, mas pontuou a necessidade de ajustes e afirmou não acreditar que a votação de fato aconteça nesta quinta-feira.
“Não é plausível aprovar amanhã (quinta-feira, 6). Vamos começar as discussões hoje (quarta-feira, 5), seguir amanhã e acho que também na próxima semana. O desejo do presidente (Arthur Lira) é aprovar antes do recesso, mas, tenho minhas dúvidas se é possível”, indicou.
“Inicialmente o PL apresenta grande preocupação e se posicionou contrário. Nós precisamos, sim, de uma reforma que reduza a carga tributária e que torne o sistema mais simples. Porém, o projeto que chegou à Câmara mantém a complexidade do sistema e leva ao aumento da carga tributária para muitos setores”, criticou. “Se houver redução na carga tributária e aperfeiçoamento do texto, é possível aprovar”, concluiu.
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O deputado também citou a necessidade de aprimoramento em relação à proposta da reforma tributária para a Zona Franca de Manaus. O projeto inicial prevê tratamento diferenciado para a região em comparação às outras áreas do país, isto com o intuito de manter a competitividade no perímetro industrial e manter a arrecadação na localidade.
“A Zona Franca de Manaus foi parcialmente contemplada no texto, mas, nós queremos aperfeiçoá-lo. Sendo favorável à região, tenho predisposição a apoiá-lo”, afirmou.
Em contrapartida, o mineiro
“Somos contrários à
Trata-se da principal alteração proposta pela reforma tributária, que substituirá os tributos em questão por outros dois: um federal (que unirá IPI, PIS e Cofins) e um estadual/municipal (que será a junção do ICMS com o ISS).
O parlamentar mineiro também criticou a mudança na tributação proposta pelo governo Lula e alegou que a população mais vulnerável será a mais afetada pela aprovação do texto. “Basicamente, estão entregando uma reforma tributária que, na realidade, é uma reforma da fome, onde terá um aumento de 60%, em média, no preço da cesta básica”, afirmou.
A porcentagem citada pelo deputado Nikolas Ferreira é uma estimativa da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), calculada no último sábado (1º).
Como votou o PL até agora?
Maior partido de oposição ao governo Lula, o Partido Liberal (PL), do ex-presidente Jair Bolsonaro, só votou de forma unânime contra o Planalto em uma matéria de interesse do governo: a derrubada de
Em outros projetos, houve quem votasse com o governo. Em 23 de maio, o projeto que cria o
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