A Prefeitura de Ouro Preto firmou ontem (18), um termo de cooperação com o Instituto Arjon para a construção de um trevo no distrito de Maracujá, localizado entre os municípios de Ouro Preto e Itabirito. A obra, considerada de grande porte, visa melhorar a segurança viária e a mobilidade da população local e dos motoristas que trafegam entre as regiões de Itabirito, Cachoeira do Campo e Ouro Preto.
A iniciativa é fruto de uma articulação entre o poder público municipal e o setor privado. O projeto, avaliado em R$ 28 milhões, será executado pelo Instituto Arjon, organização criada há pouco mais de um ano pelo empresário do setor mineral João Paulo Cavalcanti. Essa será a quinta grande obra entregue pela entidade em um período de doze meses. A previsão é que o trevo seja finalizado até o dia 23 de dezembro deste ano.
“Assumi o compromisso de investir recursos próprios para melhorar a segurança no Maracujá, lugar onde moro e que quero tornar o melhor do Brasil. Muitas vidas já foram perdidas ali, inclusive de amigos e conhecidos. Por responsabilidade social e moral, lidero este projeto em prol da comunidade. Segurança é prioridade para mim e minha família” disse João Cavalcante.
O empresário também explicou sobre a estratégia utilizada para realizar a obra no sentido financeiro.
“São recursos próprios, vale ressaltar isso, porque o Instituto Arjoam, hoje, por uma política interna, não aceita doações nem faz captação via lei de incentivo. 100% dos recursos destinados ao Instituto são próprios, são meus. Isso vale não só para esta obra, mas para todas as outras que já realizamos e entregamos na comunidade do Maracujá, onde já investimos mais de 45 milhões”.
O distrito de Maracujá já havia sido contemplado com melhorias em infraestrutura urbana, como asfaltamento, pavimentação de vias e ações sociais. A construção do trevo surge como um complemento estratégico, buscando solucionar gargalos históricos na mobilidade da região. Atualmente, motoristas enfrentam dificuldades de conversão na estrada para quem se desloca no sentido Itabirito-Ouro Preto, e há retenções frequentes no fluxo para quem segue em direção a Cachoeira do Campo.
Segundo a prefeitura, o projeto recebeu autorização do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). O prefeito Ângelo Oswaldo definiu a obra como “um presente para os moradores de Ouro Preto, de Maracujá e também de Acuruí, em Itabirito”, destacando o alcance regional da intervenção.
O novo trevo deverá contribuir para o aumento da segurança e do conforto dos usuários da via, reduzindo acidentes e facilitando o acesso à área. Além disso, o município estuda outras intervenções futuras para ampliar os benefícios à população do distrito.
” Ainda é importante lembrar que assinamos um protocolo, já em prática com a prefeitura, para o reúrbio do Maracujá. A maioria das pessoas lá não tem documentação, mas, com esse programa municipal, todos terão seus documentos regularizados. A Secretaria de Planejamento, Desenvolvimento Urbano e Habitação está trabalhando no projeto, que é de grande escala. O Instituto Arjoam está investindo 4 milhões de reais nesse projeto, e essas pessoas terão o título da casa própria em até 12 meses”