Os jornalistas Laura França e Caio Tárcia, da Band, cobriam o protesto das forças de segurança de Minas Gerais, nesta quarta-feira (9), quando precisaram ser socorridos após bombas estourarem próximo aos locais onde eles estavam, no Centro de Belo Horizonte.
Segundo a emissora, Laura França estava na Praça da Estação e sofreu trauma auditivo. Já Caio Tárcia foi hostilizado e alvo de uma bomba enquanto acompanhava o ato em direção à Praça Sete. Ambos vão passar por novos exames na tarde desta quarta.
“O Grupo Bandeirantes repudia e cobra providência acerca dos incidentes ocorridos durante a manifestação das forças de segurança pública em Minas Gerais que colocaram em risco a integridade física de dois profissionais da empresa: Laura França, da TV Band Minas, e Caio Tárcia, da Rádio BandNews FM BH”, afirmou a emissora.
“A Band repudia a atitude dos manifestantes e cobra da Polícia Militar o acompanhamento do protesto, garantindo a segurança dos envolvidos, inclusive dos profissionais da imprensa. A emissora também exige responsabilidade das categorias envolvidas no ato”, completa a nota.
A Justiça proibiu os integrantes do protesto de soltarem bombas e foguetes. O documento com as recomendações, assinado pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), cita o chefe da Polícia Civil, delegado Joaquim Francisco Neto e Silva, o comandante-geral da Polícia Militar, Rodrigo Sousa Rodrigues, e do Corpo de Bombeiros, Edgard Estevo da Silva, como responsáveis para evitar o descumprimento das determinações.
Por meio de nota, a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) disse que a manifestação “envolve quatro categorias da segurança pública: Sistema Prisional, Polícias Civil e Militar, e o Corpo de Bombeiros Militar” e que “cada órgão é acompanhado e supervisionado por sua respectiva corregedoria”.
Resposta
Em nota, a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) esclarece que “serão apuradas todas as condutas de servidores que contrariam determinação judicial ou recomendações do Ministério Público de Minas Gerais no tocante à paralisação de atividades ou no que diz respeito a comportamentos inadequados e inaceitáveis durante as manifestações das forças de segurança, realizadas em Belo Horizonte. A Sejusp ressalta que não compactua com desvios de condutas de servidores públicos, que devem ser os primeiros a prezar e zelar pela segurança do cidadão mineiro. Na manhã desta quarta-feira (9/3) uma repórter que fazia a cobertura da manifestação, na Praça da Estação, teve que ser socorrida e encaminhada ao hospital depois de um artefato explosivo estourar no seu entorno”.