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Deputados querem impedir mineração durante visita à Serra do Curral nesta segunda (9)

Deputados, ambientalistas, grupos indígenas e autoridades analisam nascentes de água e mananciais; “não vamos respirar ouro”

Deputados querem impedir mineração durante visita à Serra do Curral nesta segunda (9)

Deputados querem impedir mineração durante visita à Serra do Curral nesta segunda

Reprodução/Clever Ribeiro

Deve ficar pronto, nos próximos dias, relatório referente à visita técnica na Serra do Curral realizada nesta segunda-feira (9) por uma comitiva formada por deputados da Comissão de Administração Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).

Os parlamentares avaliaram os possíveis impactos negativos caso o Complexo Minerário Serra do Taquaril seja, de fato, instalado na fazenda Ana da Cruz no limite de Sabará e Nova Lima na região metropolitana.

Foram analisados pequenos mananciais e nascentes de água, o trajeto de adutoras da COPASA, além da conservação da fauna e flora do espaço. A deputada estadual Beatriz Cerqueira (PT) autora do requerimento para a visita técnica da Serra do Curral explica ao repórter Cléver Ribeiro quais serão os próximos passos.

“Essa visita produzirá um relatório técnico que vai embasar todas as ações na Assembleia Legislativa e somar as ações de toda a sociedade na defesa da Serra do Curral. Segundo, continuaremos realizando visitas em outras localidades demonstrando o impacto”, relata a deputada que afirma que o governo mentiu sobre o empreendimento. “O governo mentiu. A Tamires mentiu. Os defensores da mineração mentiram e continuam mentindo para sociedade. Precisamos impedir que essa mineração dê sequência aqui na Serra do Curral.”

A arquiteta e urbanista Claudia Pires que também faz parte do Observatório Metropolitano do Desenvolvimento Sustentável avalia uma possível mineração na Serra do Curral. “Eu acho que é importante a gente mostrar que a Serra do Curral não é um cartão postal da cidade de Belo Horizonte, mas um Patrimônio Ambiental Natural de relevância tanto para os municípios da metropolitana como para o estado de Minas Gerais”

A vereadora por Nova Lima, Juliana Sales do Cidadania, afirma que está tomando medidas para impedir a mineração na Serra do Curral. “Nós estamos atuando fortemente contrários a esse empreendimento. Já entrei com uma ação no Ministério Público Federal e uma ação civil pública pra barrar toda essa atividade por entender que a votação ocorrida pelo COPAM foi uma votação que não ocorreu da forma como deveria por não ter respeitado toda a investigação realizada pelo Ministério Público contra a prefeitura de Nova Lima que afirma que o município não respeitou a legislação local, a legislação urbanística, o plano diretor, a lei de uso e ocupação do solo. Porque nesse território não é permitido atividade minerária.”

Um grupo de indígenas que faz parte do Comitê Mineiro das Causas Indígenas participou da visita e também é contra o empreendimento. “Nós não vamos respirar ouro, não vamos respirar dinheiro, não vamos comer dinheiro”, declara Maria Maria Flor Guerreira.

RESPOSTAS

Em nota o Governo de Minas, por meio da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, informou que os processos de licenciamento são formalizados com amplos estudos técnicos que servem de suporte para a decisão dos conselheiros da Câmara de Atividades Minerárias e do Conselho Estadual de Política Ambiental (COPAM).

Por meio de nota, a mineradora Thamisa afirmou que o processo de licenciamento ambiental é absolutamente irregular, fundamentado em detalhados estudos ambientais desenvolvidos ao longo de sete anos, seguido de rigorosa análise do órgão ambiental competente durante mais de dois anos que ao final emitiu o parecer favorável ao deferimento da licença aprovado na do COPAM.

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