Mais de 14 milhões de crianças nunca receberam
A instituição alerta que, apesar da cobertura vacinal ter melhorado nos 57 países de baixa renda apoiados pela Gavi, sinais de retrocesso estão surgindo em países de renda média alta e alta que antes mantinham cobertura de pelo menos 90%. Segundo a OMS, mesmo pequenas quedas na cobertura vacinal podem aumentar de forma drástica o risco de surtos de doenças, o que pode pressionar sistemas de saúde.
“A boa notícia é que conseguimos alcançar mais crianças com vacinas que salvam vidas. Mas milhões de crianças ainda permanecem sem proteção contra doenças evitáveis, e isso deveria preocupar a todos nós”, disse a diretora executiva do UNICEF, Catherine Russell.
Comparado a 2023, 171 mil crianças a mais receberam ao menos uma dose de vacina, e um milhão a mais completaram o esquema de três doses do imunizante contra difteria, tétano e coqueluche (DTP). A OMS ressalta que os avanços são modestos, mas representam progresso contínuo dos países em proteger as crianças.
Entre os motivos apontados pela instituição para as crianças permanecerem não vacinadas ou com o esquema vacinal incompleto está o acesso limitado a serviços de imunização, interrupções na oferta, conflitos e instabilidade, ou desinformação sobre vacinas.
“Em 2024, os países de baixa renda protegeram mais crianças do que nunca, com taxas de cobertura aumentando em todas as vacinas apoiadas pela Gavi”, disse a Dra. Sania Nishtar, CEO da Gavi, a Aliança de Vacinas. “Ainda assim, o crescimento populacional, a fragilidade e os conflitos representam grandes obstáculos à equidade, deixando as crianças e comunidades mais vulneráveis em risco ”, finaliza.