A Defesa Civil de Gaza informou, nesse sábado (19), que 39 pessoas foram mortas e mais de 100 ficaram feridas por disparos israelenses nos arredores de dois centros de distribuição de ajuda humanitária no território palestino, devastado após mais de 21 meses de guerra.
Os mais de dois milhões de moradores da Faixa de Gaza estão à beira da fome devido ao conflito, desencadeado pelo ataque do movimento islamista palestino Hamas ao sul de Israel em 7 de outubro de 2023.
O porta-voz local da Defesa Civil, Mahmoud Bassal, disse à agência de notícias AFP que “39 pessoas que esperavam ajuda humanitária” morreram por disparos israelenses perto de pontos de distribuição de ajuda, um ao sul de Khan Yunis e outro ao norte de Rafah.
Segundo Bassal, os disparos foram feitos nas proximidades de centros administrados pela Fundação Humanitária de Gaza (GHF, na sigla em inglês), que conta com o apoio de Estados Unidos e Israel.
Por sua vez, a GHF afirmou que os relatos de mortes perto de suas instalações são “falsos”.
Procurado pela AFP, o Exército israelense informou que havia identificado “suspeitos” na região de Rafah que se aproximaram dos soldados. Ao não atenderem aos pedidos de deixar o local, os militares abriram fogo “a modo de advertência”.
Os responsáveis militares admitiram que receberam relatos sobre vítimas durante o incidente que, segundo assinalaram, ocorreu durante a noite a aproximadamente um quilômetro do centro de ajuda, que estava fechado naquele momento.
“Estamos investigando”, concluíram.
* AFP