Pelo menos 43 pessoas morreram em uma nova onda de tiros e bombardeios do Exército israelense. De acordo com a Defesa Civil do território palestino, do total de vítimas, 26 aguardavam para receber ajuda perto do corredor Netzarim, no centro de Gaza, onde milhares de pessoas se aglomeram todos os dias para receber alimento.
Outras 17 pessoas morreram em outros cinco locais, afirmou à AFP Mohamad al Mughayyir, diretor das equipes médicas do organismo de emergência.
Segundo Mughayyir, entre as vítimas está “uma menina assassinada a tiros pelas forças israelenses ao oeste de Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza”.
Procurado, o Exército israelense não comentou os incidentes.
Bloqueio a ajuda humanitária
Israel impôs no início de março um bloqueio humanitário ao território, parcialmente aliviado no final de maio, que provocou severas privações de alimentos, medicamentos e outros produtos essenciais.
A Fundação Humanitária de Gaza (GHF), apoiada por Estados Unidos e Israel, com financiamento obscuro, começou a distribuir ajuda no final de maio, mas suas ações têm sido marcadas por cenas caóticas e mortais.
As agências da ONU também distribuem, mas de maneira marginal, produtos essenciais, incluindo farinha.
Desde então, 397 pessoas morreram e mais de 3.000 ficaram feridas ao tentar chegar aos pontos de distribuição de ajuda em Gaza, segundo o balanço atualizado do Ministério da Saúde do Hamas, cujos números são considerados confiáveis pela ONU.