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Novo julgamento de Harvey Weinstein começa nesta terça-feira (15) em Nova York

Após anulação da condenação de 2020, ex-produtor de cinema enfrenta novamente acusações de violência sexual

Começa nesta terça-feira (15), em Nova York, um novo julgamento de Harvey Weinstein, ex-produtor de cinema que se tornou um dos alvos do movimento #MeToo. Ele voltará ao banco dos réus após a Justiça americana anular, em 2024, a condenação de 23 anos de prisão recebida em 2020, que o considerava culpado por estupro e agressão sexual.

A decisão de anular o julgamento anterior foi motivada por um relatório que apontou condutas consideradas impróprias do juiz responsável pelo caso, como permitir que testemunhas que não estavam diretamente envolvidas nas acusações prestassem depoimentos.

Novo júri, novo olhar

O novo julgamento começa com a seleção dos 12 jurados. Segundo o juiz Curtis Faber, para garantir a imparcialidade, tanto a acusação quanto a defesa concordaram em evitar o uso de termos como “vítima” ou “sobrevivente” durante o julgamento.

A defesa de Weinstein declarou que espera que o caso seja revisto com isenção, sob um novo olhar. No entanto, mesmo que seja absolvido neste novo processo, ele continuará preso.

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Condenações anteriores

Weinstein permanece preso em Rikers Island, já que foi condenado em fevereiro de 2023 por outro caso de estupro, ocorrido em 2013, contra uma atriz num hotel de Los Angeles. Nesse processo, ele também foi considerado culpado por outros dois crimes sexuais contra a mesma mulher, identificada apenas como Jane Doe 1.

Há ainda uma terceira acusação, relacionada a outro ato sexual criminoso, em que a mulher, também não identificada publicamente, afirma ter sido forçada a fazer sexo oral em um hotel de Manhattan.

Seus advogados também recorrem da condenação em Los Angeles, alegando que o veredito de Nova York, agora anulado, teve influência na pena de 16 anos determinada na Califórnia.

Movimento #MeToo

O escândalo envolvendo Harvey Weinstein teve repercussão global e foi o desencadeador do movimento #MeToo, encorajando milhares de mulheres a compartilharem suas histórias de assédio e abuso sexual nas redes sociais. Celebridades como Angelina Jolie, Gwyneth Paltrow, Lupita Nyong’o e Ashley Judd também vieram a público relatar comportamentos abusivos do ex-produtor.

* Sob supervisão de Enzo Menezes

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Izabella Gomes é estagiária na Itatiaia, atuando no setor de Jornalismo Digital, com foco na editoria de Cidades. Atualmente, é graduanda em Jornalismo pela PUC Minas
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