Uma juíza federal dos Estados Unidos determinou, nesta sexta-feira (4), que o governo de Donald Trump repatrie um imigrante de El Salvador que foi deportado por um erro em março. Agora, o salvadorenho Kilmar Armando Ábrego García deverá ser enviado de volta aos Estados Unidos, conforme decisão judicial.
Ábrego García vivia legalmente nos EUA e tinha visto de trabalho. Ele foi deportado para El Salvador em 15 de março, junto com centenas de pessoas acusadas de envolvimento com gangues.
Em 2019, durante o primeiro mandato de Trump, ele foi acusado de fazer parte de um grupo criminoso, mas não foi condenado por nenhum crime. Na época, um juiz proibiu sua deportação, alegando que ele estaria em risco no país de origem.
O governo dos Estados Unidos reconheceu que houve um “erro administrativo” na expulsão de Ábrego García, mas afirmou que ele “não retornará" e o acusou de pertencer à gangue MS-13, considerada uma organização terrorista global.
Em uma audiência judicial, a juíza Paula Xinis exigiu que o governo tomasse as medidas necessárias para garantir o retorno do imigrante até segunda-feira (7), antes da meia-noite.
A juíza afirmou que o salvadorenho tem o direito ao “devido processo” de acordo com a Constituição e as leis de imigração dos EUA. Para ela, a permanência de Ábrego García em El Salvador representa um “dano irreparável”.
Atualmente, o imigrante está preso no Centro de Confinamento do Terrorismo (Cecot), uma megaprisão que foi visitada na semana passada pela secretária de Segurança Interna dos EUA, Kristi Noem.
*Com informações de AFP