O Tribunal de Justiça da Índia determinou que o fato de esposas assistirem à pornografia não configura motivo para divórcio. Além disso, a Justiça decidiu que mulheres “têm o direito de se masturbar” e de “não abrir mão de sua autonomia sexual após o casamento”.
A sexualidade feminina é considerada um tabu na Índia, sobretudo para mulheres casadas. Delas, é esperado que priorizem o marido e os filhos em detrimento de si mesma.
A decisão foi feita na quarta-feira (19) no Tribunal do Estado de Tmail Nadu, no sul do país. Um homem havia pedido divórcio de sua mulher por esse motivo, mas foi negado, segundo a agência de notícias AFP.
Segundo o marido, a mulher teria cometido diversos ‘atos de crueldade’ contra ele nesse sentido. Porém, o Tribunal determinou que “o prazer próprio não é um fruto proibido”.
“Na medida em que a masturbação masculina é aceita, a masturbação feminina não pode ser estigmatizada”, dizia a decisão obtida pela AFP.
O divórcio continua sendo tabu em grande parte da Índia. Um a cada 100 casamentos termina na separação, principalmente devido à pressão familiar e social.