O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky, afirmou neste domingo (12) que está ‘disposto’ a entregar dois soldados norte-coreanos capturados na região russa de Kursk, em troca de militares ucranianos presos na Rússia.
“A Ucrânia está disposta a entregar a [o líder norte-coreano] Kim Jong Un seus soldados, se puder organizar uma troca com nossos combatentes detidos na Rússia”, escreveu Zelensky na rede social X.
A Ucrânia anunciou no sábado (11) a captura de dois soldados norte-coreanos feridos na região de Kursk, onde as forças ucranianas realizam uma ofensiva desde agosto no contexto da guerra com a Rússia, e que estavam sendo interrogados. Contudo, não apresentou provas diretas da nacionalidade dos detidos.
O Serviço de Inteligência Nacional da Coreia do Sul (NIS) confirmou neste domingo à AFP essa versão, afirmando que os dois soldados capturados em 9 de janeiro são norte-coreanos.
Zelensky acrescentou neste domingo que “sem dúvida haverá mais” soldados norte-coreanos capturados pela Ucrânia no futuro.
Ucrânia, Estados Unidos e Coreia do Sul acusam a Coreia do Norte de enviar mais de 10.000 soldados para ajudar a Rússia na luta contra a Ucrânia.
Zelensky declarou em dezembro que cerca de 3.000 soldados norte-coreanos tinham morrido ou ficado feridos lutando em apoio às tropas da Rússia. Seul, por sua vez, estima que esse contingente é de 1.000 efetivos.
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No final de 2024, o presidente ucraniano anunciou que dois soldados norte-coreanos gravemente feridos haviam sido capturados na região de Kursk, mas sucumbiram a seus ferimentos pouco depois.
“Para os soldados norte-coreanos que não querem voltar [a seu país], pode haver outras opções”, acrescentou o mandatário ucraniano neste domingo. “Os que relatarem em coreano a verdade sobre esta guerra, terão essa oportunidade.”
Nem Rússia nem Coreia do Norte reagiram por ora, já que nenhum dos dois países reconhece que soldados norte-coreanos foram destacados para lutar contra as forças ucranianas, que enfrentam a invasão russa desde fevereiro de 2022.
Zelensky também declarou que o presidente russo, Vladimir Putin, “já não pode prescindir do apoio militar” da Coreia do Norte.