O presidente da França, Emmanuel Macron, está intensificando esforços para impedir a aprovação do acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia (UE). A movimentação do líder francês ocorre em um momento crucial para o futuro das relações econômicas entre os dois blocos.
Macron já conseguiu angariar o apoio de diversos países europeus em sua cruzada contra o acordo. Polônia, Romênia, Irlanda, Áustria, Bélgica e Holanda estão alinhados com a posição francesa de rejeitar o tratado de Montevidéu. Por outro lado, nações como Alemanha, Espanha e Portugal já se manifestaram favoravelmente ao acordo.
Itália indecisa e estratégia de bloqueio
A Itália, que inicialmente parecia inclinada a apoiar o acordo, agora se encontra em uma posição indefinida. Esta mudança de postura pode ser crucial para o desfecho da questão, considerando o peso político e econômico do país no bloco europeu.
O presidente francês está explorando uma alternativa prevista no regulamento da UE conhecida como ‘minoria de bloqueio’. Esta estratégia requer que ao menos três países membros, representando 35% da população total da União Europeia, se oponham ao acordo para impedir sua aprovação.
Até o momento, Macron conta apenas com o apoio firme da Polônia, um país com população significativa, mas ainda insuficiente para atingir o limiar necessário para o bloqueio. A busca por mais aliados continua, com o líder francês empenhado em convencer outros estados membros a se juntarem à oposição ao acordo.
O impasse sobre o acordo Mercosul-UE reflete as complexidades das relações comerciais internacionais e as divergências internas na União Europeia. Enquanto alguns países veem o tratado como uma oportunidade de expansão econômica, outros, liderados pela França, expressam preocupações sobre seus potenciais impactos nos setores agrícolas e ambientais europeus.