Os deputados da Assembleia Nacional da Coreia do Sul votam, neste sábado (7), a abertura do processo de impeachment contra Yoon Suk-yeol, o atual presidente do país. Ao todo, são 300 deputados, sendo que, para que o processo tenha andamento, é necessário o voto favorável de 200 deles.
Os deputados de oposição a Yoon Suk-yeol são 192. Os outros são do Partido do Poder Popular, legenda de atual presidente, e prometem votar contra a abertura do processo de impeachment. O líder do partido de direita no Parlamento, Choo Kyung-ho, garantiu, em uma reunião transmitida online, que “todos os nossos 108 deputados permanecerão unidos para rejeitar o impeachment”.
Se for aprovado pela Assembleia Nacional, o próximo passo para que o processo de impeachment seja conduzido é a aprovação da Corte Constitucional. Essa etapa exige os votos de pelo menos seis dos nove juízes do tribunal.
Lei marcial decretada na Coreia do Sul
O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, decretou lei marcial de emergência nesta terça-feira (3), com o objetivo de proteger o país das “forças comunistas”. O anúncio veio por meio de um discurso feito no mesmo dia.
A lei marcial implica em restringir direitos civis e instaura leis militares, como limitações à imprensa, ao Parlamento e às forças policiais. O Parlamento foi fechado após o decreto presidencial.
A resposta da entidade não demorou a vir: pouco mais de três horas depois, os deputados votaram para exigir que a medida fosse derrubada. Segundo a Constituição, a lei marcial deve ser suspensa se a maioria do parlamento exigir.
*Sob supervisão de Felippe Drummond