O Ministro da Defesa da Coreia do Sul, Kim Yong-hyun, renunciou ao cargo nesta quarta-feira (4), após a crise política causada pela decisão do presidente Yoon Suk Yeol de impor a lei marcial no país. Poucas horas depois da implementação, o presidente voltou atrás.
“Em primeiro lugar, lamento profundamente e assumo total responsabilidade pela confusão e preocupação causadas ao povo e relação à lei marcial (...) Assumi total responsabilidade por todos os assuntos relacionados à lei marcial e apresentei minha renúncia ao presidente”, afirmou Kim em um comunicado.
Lei marcial
Yoon Suk Yeol, presidente da Coreia do Sul, declarou lei marcial de emergência nesta terça-feira (3), para proteger o país das ‘forças comunistas’. A lei é acionada, segundo a constituição sul-coreana, ‘quando for necessário enfrentar uma exigência militar ou manter a segurança e a ordem pública pela mobilização das forças armadas em tempos de guerra, conflito armado ou emergência nacional semelhante’.
Pouco mais de três horas depois do decreto, os deputados votaram para exigir que a medida seja derrubada. Segundo a Constituição, a lei marcial deve ser suspensa se a maioria do parlamento exigir. As informações são da agência de notícias sul-coreana Yonhap.
A votação aconteceu em caráter de urgência e uniu deputados governistas e da oposição que são contra a medida. Dos 300 parlamentares, 190 estavam presentes na sessão. Todos eles votaram a favor da derrubada do decreto presidencial.
Com a aprovação da moção, a declaração da lei marcial é anulada, de acordo com o gabinete do presidente parlamentar. Tudo isso instaurou uma crise política na Coreia do Sul.
* Com informações de AFP