As eleições nos Estados Unidos, que acontecem nesta terça-feira (05), colocam frente a frente a democrata Kamala Harris, do Partido Democrata, candidata apoiada pelo atual presidente Joe Biden, e Donald Trump, o ex-presidente que tenta voltar ao poder 4 anos após não conseguir ser reeleito. O pleito norte-americano leva às urnas milhões de eleitores e eleitoras que irão votar, além do cargo para presidente, para eleger 435 deputados federais e 34 senadores.
A votação nos Estados Unidos é sempre marcada por suas características próprias, relacionadas, principalmente, ao sistema eleitoral. Uma diferença marcante em relação às eleições brasileiras, por exemplo, é que, lá, o voto não é obrigatório. Ainda assim, as estimativas apontam que cerca de 150 milhões de pessoas compareçam às urnas, especialmente em razão das pesquisas eleitorais, que mostram equilíbrio na disputa.
Outro ponto de destaque no pleito deste ano é a imprevisibilidade: a poucos dias da votação, as estimativas estão equilibradas. Mesmo assim, o candidato que tiver mais votos pode não sair vencedor, uma vez que o resultado da eleição é calculado pelo quantitativo de delegados conquistados pelo candidato em cada estado.
“Ambos os candidatos estão adotando, em maior ou menor grau, um discurso para controlar o alto fluxo de imigrantes para a América, sobretudo o fluxo ilegal, pela fronteira do México”, afirma Rodrigo Costa, CEO da Viva América, consultoria especializada em imigração para os Estados Unidos.
Confira mais curiosidades sobre as eleições norte-americanas:
- Voto não obrigatório: nos Estados Unidos, o voto não é obrigatório, diferentemente de países como o Brasil, onde os cidadãos devem votar ou justificar a ausência. Porém, é preciso ter 18 anos no dia da votação e se registrar como eleitor.
- Votação sempre de terça-feira: as eleições federais americanas sempre ocorrem na primeira terça-feira após a primeira segunda-feira de novembro, uma tradição que remonta ao século XIX, para acomodar o calendário agrícola e religioso da época.
- Início ao mandato: o mandato do presidente começa sempre ao meio-dia de 20 de janeiro, em uma cerimônia pública em Washington, D.C. Se a data cair em um domingo, a cerimônia pública geralmente fica para o dia 21, mas com o presidente assumindo o cargo oficialmente no próprio dia 20, em uma cerimônia fechada no Congresso.
- Voto antecipado: muitos estados permitem que os eleitores votem antecipadamente, o que pode ocorrer tanto em locais de votação designados quanto pelo correio. O voto por correio é amplamente utilizado e, em alguns estados, quase todos os eleitores votam dessa forma, especialmente desde a pandemia de COVID-19. “Aumenta a acessibilidade e a conveniência para o eleitor.
- Cédulas em papel: em muitas regiões, as cédulas são ainda em papel, o que para o brasileiro pode soar estranho. Até existem máquinas de votação e de contagem de votos, mas em muitos casos elas permitem apenas a perfuração da cédula física ou a impressão do voto em papel.
- Variedade de cédulas: as cédulas variam entre localidades, com eleitores de diferentes regiões votando em candidatos e questões específicas de acordo com o distrito onde residem. Isso acontece porque o sistema eleitoral nos EUA é descentralizado, permitindo que cada estado defina suas próprias regras para o registro de eleitores, procedimentos de votação e apuração.
- Recontagem automática: em alguns estados, quando a diferença de votos entre candidatos é muito pequena, uma recontagem automática dos votos é acionada para garantir a precisão do resultado, sem que isso seja requisitado pelos partidos ou terceiros.