O meteorologista norte-americano Peter Dodge, que morreu em 3 de março de 2023, e passou 44 anos de sua vida dedicado à ‘caçar furacões’, teve suas cinzas jogadas diretamente no olho do furacão Milton, nesta quarta-feira (9), na Flórida, nos Estados Unidos, que deixou quatro mortos. Ele morreu aos 72 anos, após sofrer um derrame.
Dodge fez 386 missões ao centro desses fenômenos. Segundo o Centro Nacional de Furacões dos EUA (NHC, na sigla em inglês), Dodge também era matemático e se dedicava a medir as características dos furacões para aprimorar as previsões. As cincas do ‘caçador de furacões’ foram jogadas durante um voo em que faz parte da investigação sobre a tempestade – uma homenagem adequada, disseram os seus colegas.
“O Peter tinha realmente uma paixão inabalável por participar em atividades de campo, incluindo voar, e uma curiosidade insaciável pela investigação”, disse Shirley Murillo, vice-diretora da Divisão de Investigação de Furacões do Laboratório Oceanográfico e Meteorológico do Atlântico da NOAA. “Ao libertar as suas cinzas no furacão Milton, procuramos honrar a sua memória e o seu espírito de trabalho em equipa, aventura e curiosidade.”
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Dodge, morava na Florida e celebrou 44 anos de serviço federal antes da sua morte no ano passado. Ele tinha experiência avançada em tecnologia de radar e colaborou com o Centro Nacional de Furacões e o Centro de Operações de Aeronaves em pesquisas de radares terrestres e aéreos, conforme a NOAA.
Ao longo da carreira de Dodge, recebeu a ‘medalha de bronze do Departamento do Comércio’, dois prêmios de administrador da NOAA e o prêmio de Serviço Civil Patriótico do Corpo de Engenheiros do Exército.
Chamamos isso de uma “bela homenagem” ao conceituado cientista, Michael Lowry, especialista em furacões e especialista em tempestades da WPLG-TV em Miami, disso no X (antigo Twitter).