Furacão Milton perde força, mas Flórida é atingida por 27 tornados e tem 127 alertas

Correspondente da Itatiaia em Miami relata destruição provocada pelo maior furacão a atingir a Flórida em 100 anos

Inicialmente previsto para ser o mais catastrófico desde 1878, o fenômeno foi rebaixado para categoria 3 antes depois de entrar em contato com águas mais frias

O furacão Milton, que atingiu a Flórida, nos Estados Unidos, perdeu força antes de tocar o solo, mas ainda assim causou destruição significativa em várias áreas do estado. O jornalista Lombardi Júnior, que está no local, conta que houve 27 tornados no estado, e as autoridades emitiram 127 alertas para o fenômeno.

Até o momento, estima-se que os tornados deixaram quatro mortos, que estavam abrigados no estádio do time de beisebol de Tampa, cidade na Flórida. O correspondente da Itatiaia no local diz que “o estádio foi destelhado e destruído”. Ele descreve que os tornados “arremessaram carros contra as casas e causaram um cenário absolutamente destruidor”.

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Considerando o número de alertas e quantos tornados houveram, de fato, Lombardi Júnior avalia que “aquilo que se esperava, na prática, não é o que realmente aconteceu, graças a Deus”. Inicialmente previsto para ser o mais catastrófico desde 1878, o fenômeno foi rebaixado para categoria 3 antes de chegar a Sarasota. Apesar disso, ainda existe a possibilidade do número de mortos aumentar, “devido aos pontos de alagamento”, ele explica.

O governador do estado reforçou que os danos foram consideráveis, porém não tão impactantes quanto se esperava. A prevenção e os alertas emitidos pelas autoridades, incluindo a prefeita de Tampa, que advertiu taxativamente sobre os riscos de permanecer nas áreas de evacuação, foram cruciais para minimizar as perdas.

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Lições para prevenção de desastres

A situação na Flórida serve como alerta para outras regiões sujeitas a desastres naturais. Em Belo Horizonte, por exemplo, o coronel Waldir Figueiredo, secretário de proteção e Defesa Civil, ressalta a importância de se antecipar procedimentos diante das mudanças climáticas. Na capital mineira, existem 82 pontos de alagamento, sendo que nove são de alto risco.

“A evacuação da população de uma área que está sob um risco muito grande é fundamental para que vidas possam ser preservadas”, afirma. Para evitar os estragos em casos de eventos extremos, como rajadas de vento, vendavais e quedas de granizo, o coronel recomenda que os cidadãos “façam manutenção preventiva em suas casas, desentupam as calhas, as grelhas e vejam se existem rachaduras nas paredes”.


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Paula Arantes é estudante de jornalismo e estagiária do jornalismo digital da Itatiaia.

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