“Estamos aguardando aí, ansiosamente”, disse um dos manifestantes durante o protesto realizado na manhã dessa quinta-feira (3) no bairro Cintra, em Montes Claros. Moradores interditaram parcialmente a Avenida dos Militares com pneus e galhos, cobrando melhorias e limpeza no local. “Nós queremos uma solução. Chega rato, lacraia, escorpião. Nós precisamos de uma resposta”, afirmou Verônica, destacando os riscos de doenças e a presença constante de insetos nas casas.
Eles, durante entrevista ao repórter Raphael Bicalho, também denunciaram o descarte irregular de entulho às margens do canal. “Aqui é lixo, fogo, inseto. É complicada a situação aqui, disse outro morador, reclamando ainda da fumaça que invade as residências à noite, causando problemas de saúde.
A manifestação ocorreu no dia em que a cidade completou 168 anos. Durante o ato, os manifestantes também cantaram parabéns e pediram urgência para solução do problema.
Moradores utilizaram faixa, galhos de árvores e pneus para interditar o trânsito na região
Em nota à Itatiaia, a Prefeitura informou que realiza a limpeza do local a cada 10 dias, mas que a população continua descartando resíduos de forma irregular. O projeto de revitalização do córrego Cintra prevê urbanização, pavimentação e iluminação da avenida, e a obra será licitada assim que o projeto for concluído.
O prefeito Guilherme Guimarães (União) enfatizou que já realizou o projeto do Cintra durante a gestão do prefeito Humberto Souto e que a administração já conseguiu executar a primeira etapa. Ele explicou que o canal fechado era menor devido a ocupações no leito do córrego e afirmou ter determinado à Secretaria de Infraestrutura a execução das etapas por partes, saindo da Rua Juramento até a Praça das Tilápias. “Onde já for possível, se eu precisar do licenciamento ambiental para fazer a canalização, eu já determinei que finalize a planilha, atualize e já de imediato faça a licitação”, disse.
Guimarães ainda ressaltou que “aquilo ali para mim é um problema muito grave” e garantiu que as obras seguem planejamento técnico. “Ninguém faz nada sob pressão. A gente faz com muita tranquilidade porque coisa sob pressão na verdade no final das contas não sai bem. Eu faço conforme tem que ser feito, muita técnica e, sobretudo, pedindo a Deus, rogando a Ele para que a gente possa ter sucesso nas nossas ações”.