O cantor, compositor e instrumentista paulista Douglas Germano estreia nesta sexta (28), nos palcos de Juiz de Fora. Com apresentação marcada para às 21h30, no Café Muzik, o artista, que já teve composições gravadas por nomes como Elza Soares, Criolo e Wanderléa, promete uma apresentação que traz, na veia, sua própria trajetória.
“Eu fiz uma espécie de concentrado, um apanhado de todos os meus álbuns e de algumas músicas também que foram gravadas por outros intérpretes e que eu, necessariamente, não gravei. O show também traz músicas do meu último álbum, Branco, que lancei há um mês”, revela.
Com forte influência no samba, Douglas teve o primeiro contato com o ritmo na infância, por conta da paixão do pai. “Ele não era músico profissional, ele gostava, frequentava e tinha muitos instrumentos em casa, muitos discos... passei a gostar, frequentar escolas de samba, estudei. Tenho assim o Paulinho da Viola com uma figura muito influente no termo de composição e de produção, especialmente uma determinada safra dele ali dos anos 70", afirma.
Confira a entrevista na íntegra de Douglas Germano para a jornalista Désia Souza.
O caminho dos bastidores aos palcos
A primeira música de Douglas Germano foi gravada em 1991 pelo Grupo Fundo de Quintal (“Vida alheia”, em parceria com Carica). Vinte anos depois, em 2011, Douglas Germano iniciou sua carreira solo. O disco “ORI” o fez finalista do 23º Prêmio da Música Brasileira como Melhor Cantor de Samba.
Em 2016, ano em que lançou seu segundo álbum, “Golpe de vista”, sua música “Maria de Vila Matilde”, na voz de Elza Soares, venceu o Prêmio Multishow e foi indicada ao Grammy Latino de Melhor Música em português.
Depois, sempre primando por arranjos sofisticados, vieram os álbuns “Escumalha” (2019), “Partido alto” (2021) e o mais recente, “Branco”, lançado em 2025. Nele, Germano canta, toca violão, violoncelo, cavaquinho e se abre a parcerias com outros compositores, entre eles Luiz Antonio Simas.
Paulista, filho de José Germano, percussionista do Conjunto Acadêmico da Guanabara, Germano estreou na Nenê de Vila Matilde aos 12 e desfilou na escola por anos.
A carreira também passa pelo teatro, onde começou atuando como músico e logo passou a compositor e diretor musical de vários espetáculos. Em 2003, foi finalista do Prêmio Shell de Teatro de 2003 na categoria Melhor Trilha Original para “Calígula”, dirigido por Dib Carneiro.
