Em comemoração ao Dia Mundial da Luta Contra o Uso dos Agrotóxicos, Juiz de Fora recebe, nesta terça (02) e quarta (03), a segunda edição do Mutirão do Campo Limpo.
Produtores rurais podem realizar a devolução de embalagens vazias de agrotóxicos de 8h às 16h, na sede do Ceasa Juiz de Fora, que fica à Avenida Doutor Simeão de Faria, 2.525, Santa Cruz.
Além de Juiz de Fora, outros 14 municípios integram a atividade: Bocaina de Minas, Coronel Pacheco, Goianá, Lima Duarte, Matias Barbosa, Olaria, Pedro Teixeira, Santa Bárbara do Monte Verde, Senador Cortês, Ewbank da Câmara, Piau, Rio Novo, Chácara e Senador Firmino.
O Mutirão é uma realização da Secretaria de Desenvolvimento Agrário de Juiz de Fora, em parceria com o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), com o apoio do Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (InpEV), da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG) e Associação de Preservação Ambiental de Minas Gerais (Apamig).
Facilidade ao produtor rural
A primeira edição em 2024 recolheu 11 mil embalagens e 400 Kg de produtos vencidos. Em participação no quadro Itatiaia Entrevista, o gerente regional do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), Jeferson Paes dos Santos, explicou que o mutirão conscientiza o produtor e também o ajuda a cumprir uma obrigação legal.
“Na prática, o produtor que compra um agrotóxico em uma loja registrada no IMA, ele tem obrigação de devolver essa embalagem no local indicado na nota fiscal. O problema é que muitas vezes esse local fica longe da residência do produtor ou da propriedade. O Mutirão do Campo Limpo vem para facilitar essa devolução”, afirma.
Outro dado importante destacado é que, nessa devolução, o produtor não precisa apresentar a nota fiscal de compra do produto. Jeferson Paes também complementa que, além da função legal, a devolução é uma forma de preservar o meio ambiente.
“O produtor que não devolve a embalagem, além de estar deixando um passivo ambiental na propriedade, que é uma embalagem contaminada com resíduos de agrotóxicos, ele pode estar incorrendo em multa. A embalagem, a partir do momento que ela é devolvida, lavada e perfurada, a indústria consegue reciclar essa embalagem e torná-la uma nova embalagem de agrotóxico”, orienta.
A secretária de Desenvolvimento Agrário da Prefeitura de Juiz de Fora, Valdeane Cerqueira, explica que a iniciativa representa uma comodidade para o produtor rural.
“Com o ponto de coleta, o produtor não precisa deixar as embalagens dispersas no meio ambiente, o que pode causar tanto contaminação do solo quanto da água. Para ele, é uma segurança saber que a destinação será correta”, afirma.
Orientações para a entrega de embalagens
As embalagens devem estar triplamente lavadas com água corrente, com perfurações e sem a tampa para garantir que elas possam ser devolvidas sem risco à equipe.
Além da lavagem correta, é importante que o transporte dos recipientes seja feito de maneira segura, não devem ter contato com crianças, alimentos, animais e devem ser manejados fazendo uso de máscara. Por isso, recomenda-se que o transporte das embalagens seja feito de forma exclusiva.
Confira a íntegra da entrevista de Jeferson Paes dos Santos para a jornalista Désia Souza.
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