Uma ex-funcionária do Hospital São João Batista, situado em Viçosa, na Zona da Mata, foi condenada a três anos e três meses de reclusão, além de multa, por desvio de dinheiro público. Cabe recurso.
De acordo com o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), ela foi alvo da operação Ressonância, que, em 2023, apurou a participação de funcionários no desvio de recursos do hospital. O nome dela não foi divulgado
Inicialmente o MP divulgou que, em 2022, a então funcionária do setor financeiro se apropriou de pelo menos R$ 12 mil do hospital, entidade privada sem fins lucrativos conveniada ao Sistema Único de Saúde (SUS). No entanto, em contato com a Itatiaia, a defesa indicou que o valor divulgado está incorreto e, na verdade, seria R$ 1.200, que foram restituídos antes da sentença. A Itatiaia questionou o MP, que a corrigiu a informação divulgada no site da instituição.
A mulher foi denunciada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), regional Visconde do Rio Branco, e pela 1ª Promotoria de Justiça de Viçosa, pelo crime de peculato, que é quando o funcionário público se apropria de bens públicos ou particulares.
Na sentença, a Justiça, considerando que a condenada preenche os requisitos exigidos por lei, substituiu a pena privativa de liberdade por prestação pecuniária e prestação de serviços à comunidade. O MP recorreu da sentença condenatória, requerendo o aumento da pena aplicada. A defesa da ré também ainda pode recorrer da decisão.
Operação Ressonância
Nos dias 4 de maio e 21 de setembro de 2023, o Ministério Público deflagrou a ação para cumprimento de mandados de busca e apreensão nos municípios de Viçosa e Ervália e nos setores contábeis da fundação do Hospital São João Batista. Segundo o promotor de justiça Breno Costa da Silva Coelho, coordenador do Gaeco, era resultado da apuração da participação de funcionários e ex-funcionários no desvio de recursos da instituição, inclusive com a manipulação do sistema de controle financeiro da fundação.
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